Livro "Cartas ao Neto", de Daniel Blume, será lançado dia 27
O livro, que terá lançamento no Conselho Federal da OAB, traz sátira poética e crítica social.
Da Redação
sexta-feira, 24 de maio de 2024
Atualizado às 15:36
O Conselho Federal da OAB lançará, no dia 27, o livro "Cartas ao Neto: Versos Maquiavélicos", do escritor e advogado Daniel Blume. A obra, que combina humor e crítica social, é uma sátira poética inspirada em figuras históricas e literárias, desde Luciano de Samósata até autores brasileiros como Ariano Suassuna. O lançamento ocorrerá na sede do Conselho Federal, às 19 horas.
No livro, Blume utiliza ironia e sarcasmo para discutir temas como poder e hipocrisia, trazendo uma abordagem única e contemporânea aos gêneros satíricos e burlescos.
"Cartas ao Neto" é centralizado na figura de um avô político que oferece conselhos ao seu neto deputado. A obra explora a relação entre o ser e o parecer, destacando a frase de Maquiavel: "todos veem o que parece; poucos percebem o que é". O livro é composto por uma série de poemas que refletem sobre a moral e os costumes sociais, utilizando-se de uma linguagem incisiva e mordaz.
O autor
Daniel Blume é escritor e advogado com carreira distinta. Nascido em São Luís do Maranhão, ocupa a cadeira nº 15 da Academia Ludovicense de Letras e da Academia Maranhense de Letras.
Blume é autor de vários livros de poesia, incluindo "Inicial" (2009), "Penal" (2015), "Resposta ao Terno" (2018) e "Delações" (2020). Sua obra é conhecida por sua profundidade crítica e estilística, sendo traduzida para espanhol, francês e italiano.
Além de sua carreira literária, Blume possui uma sólida trajetória jurídica, sendo mestre e doutorando em Ciências Jurídicas pela Universidade Autônoma de Lisboa e procurador do Estado do Maranhão.
O livro
Em "Cartas ao Neto", Blume retoma a tradição da sátira social, evocando influências de Maquiavel, Voltaire e Gregório de Matos, entre outros. A obra é estruturada em poemas que trazem uma visão crítica e bem-humorada sobre a política e a sociedade, com trechos como: "Meu amado neto, jamais esqueça: nossas gravatas significam seriedade de propósitos. Use-as especialmente ao mentir".
A sátira política presente na obra é combinada com uma técnica literária refinada, refletindo sobre a natureza humana e as relações de poder. Blume destaca-se ao abordar temas complexos com uma leveza que cativa e provoca o leitor, estabelecendo um diálogo entre o passado e o presente.