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Inteligência artificial

Gestão de contratos migra para IA e amplia homologação de fornecedores

Em três anos, 50% das empresas utilizarão ferramentas de análise e de riscos contratuais habilitadas por inteligência artificial.

Da Redação

quarta-feira, 22 de maio de 2024

Atualizado às 13:37

Avaliar os padrões de qualidade, confiabilidade, conformidade regulatória e ética de potenciais fornecedores sempre foi uma necessidade no ambiente corporativo, mas a migração da gestão de contratos para processos cada vez mais automatizados aponta para a necessidade de ampliar os cuidados com esses critérios. Dados revelados no Gartner Supply Chain Symposium/Xpo realizado em Orlando (EUA), neste mês de maio, estimam que, até 2027, 50% das empresas estarão gerenciando os contratos de fornecedores através do uso de ferramentas de análise e edição de risco habilitadas para IA. Especialistas afirmam que, para as organizações terem tranquilidade com este tipo de gestão, será fundamental contar com parceiros comerciais de extrema confiança em sua cadeia de suprimentos.

O CEO do Kronoos, plataforma SaaS para compliance que realiza pesquisas em milhares de fontes para conferir a idoneidade de pessoas e empresas, Alexandre Pegoraro, alerta para o risco que as empresas correm de desperdiçar todo o ganho conquistado em eficiência na gestão do acordo por IA em função de ocorrências negativas causadas por fornecedores como atrasos nas entregas, produtos defeituosos, não conformidade com normas legais e até mesmo questões éticas, como corrupção ou práticas trabalhistas inadequadas. "Não adianta investir recursos em ferramentas de última geração tecnológica para gerir contratos e não ter a certeza de que a operação daquele contrato será feita com os mesmos padrões de eficiência", diz. 

A analista diretora sênior da Gartner Supply Chain Practice, Kaitlynn Sommers, afirmou durante a conferência que a inteligência artificial, especialmente as soluções GenAI, estão mudando fundamentalmente a forma como as organizações trabalham a gestão de seu relacionamento com os fornecedores.

Desta forma, Pegoraro aponta como condição essencial, antes da assinatura de um contrato, que os fornecedores pré-selecionados passem por uma avaliação criteriosa envolvendo ações como visitas às instalações, solicitação de amostras e análise de certificados de qualidade, entre outros critérios relevantes. O executivo comenta que durante o processo de homologação, são realizadas diversas atividades, como a análise da reputação do fornecedor, verificação de sua capacidade técnica e financeira, revisão de seus processos de produção e controle de qualidade, além da avaliação de sua conformidade com leis, regulamentos e políticas internas da empresa, como aquelas relacionadas à sustentabilidade e responsabilidade social corporativa.

"Todo esse processo é extremamente complexo e para ser feito com maior eficiência e agilidade é necessário contar com a ajuda da tecnologia. Hoje já existem soluções que auxiliam a empresa a automatizar toda essa jornada capturando e avaliando documentos das mais diversas origens, alertando para riscos financeiros, operacionais, legais e de conformidade, e realizando inclusive auditorias regulares para monitorar o desempenho dos fornecedores ao longo do tempo de duração dos contratos", conclui.

 (Imagem: Freepik)

Gestão de contratos migra para IA e amplia cuidados com homologação de fornecedores.(Imagem: Freepik)

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