Remuneração e estrutura da Justiça lideram insatisfação na advocacia
Oportunidades de estudo e qualificação, por outro lado, são destaques positivos da profissão.
Da Redação
quinta-feira, 2 de maio de 2024
Atualizado às 08:48
A advocacia enfrenta desafios em termos de satisfação profissional, revela a pesquisa "PerfilADV - 1º Estudo sobre o Perfil Demográfico da Advocacia Brasileira", realizada pela OAB em parceria com a FGV.
Com uma média geral de satisfação de apenas 6,3 em uma escala de 0 a 10, o estudo expõe uma realidade complexa na qual a remuneração e a infraestrutura do Judiciário são criticamente avaliadas, ambas com média de 4,7. Esses dados refletem um descontentamento generalizado com o aspecto financeiro e estrutural da profissão.
Por outro lado, as oportunidades de qualificação e estudo recebem avaliações positivas, destacando-se como pontos fortes dentro do campo.
Regionalmente, as diferenças são igualmente marcantes. No Norte, 60% dos advogados classificam sua satisfação profissional entre 7 e 10, contrastando com avaliações mais baixas no Nordeste e no Sudeste.
Além disso, advogados que trabalham presencialmente relatam sentir-se mais satisfeitos (61%) do que aqueles em regime de home office (46%).
Tecnologia como aliada
Um ponto de consenso entre os advogados é o papel positivo da tecnologia na advocacia. Cerca de 95% dos participantes consideram que as ferramentas digitais facilitam (29%) ou facilitam muito (66%) suas atividades profissionais, evidenciando a importância da tecnologia na modernização e eficiência da prática jurídica.
O estudo "PerfilADV" lança luz sobre as variadas facetas da advocacia no Brasil, destacando tanto as áreas que necessitam de atenção quanto os aspectos em que a profissão se mostra robusta, como na adoção de tecnologias. Essas percepções são fundamentais para o desenvolvimento de estratégias que visem melhorar as condições de trabalho e satisfação dos advogados em todo o país.