Lee, Brock, Camargo Advogados doa livros em braile para crianças cegas
45 exemplares do livro infantil "Um Alerta na Floresta" foram dirigidos aos alunos do 4º ano do Colégio Vicentino de Cegos Padre Chico.
Da Redação
quarta-feira, 10 de abril de 2024
Atualizado às 18:11
Dentro de suas metas ESG, a Lee, Brock, Camargo Advogados (LBCA) doou ao Colégio Vicentino de Cegos Padre Chico - a mais antiga organização filantrópica para deficientes visuais do Estado de São Paulo, fundada no Ipiranga em 1928 - 45 exemplares do livro infantil "Um Alerta na Floresta", na versão braille para estudantes cegos, na versão ampliada (Corpo 24) para os de baixa visão e na versão completa para alunos sem deficiências, atendendo todos os estudantes do 4º ano do ensino fundamental da instituição de ensino.
O Comitê de Diversidade e Inclusão da LBCA que visitou o colégio foi composto por Daniele Gobi de Azevedo, presidente do Comitê e sócia; Getlaine Alves, sócia; Simone de Almeida Costa Patara, advogada, e Santamaria Silveira, jornalista e gerente de conteúdo do escritório. Elas visitaram as dependências da instituição centenária e interagiram com alunos cegos e de baixa visão do 4º ano, que contaram sobre sua rotina, os sonhos futuros, mostraram os livros (volumosos) em que estudam e como operam as "máquinas de braile".
O livro, de autoria de Santamaria Silveira e ilustrado por Cecílio, faz parte de uma série de ecobooks do escritório e conta a história da Cutia, Paca e Boitatá que viveram uma grande aventura para vencer o fogo ilegal na floresta, o desmatamento e a perda da biodiversidade. Para a autora, a ideia do livro é sensibilizar as crianças, aguçar sua percepção de que o ser humano pode tirar recursos da natureza, sem destruir, deve proteger e cuidar. "O texto tenta fazer de forma lúdica a conexão entre o estudante e o meio ambiente e explicar que não estamos separados, mas dependemos um do outro. As crianças já sabem qual é o caminho porque amam os animais, as florestas, os rios e os oceanos. Na história, os animais-personagens expõem empatia, união e defesa da sustentabilidade", diz Silveira.
O Colégio Vicentino de Cegos Padre Chico possui atualmente 10 salas de aulas, atendendo da Educação Infantil até o Fundamental 2. Possui todas as suas atividades adaptadas aos estudantes cegos, com baixa visão, sem deficiências ou ainda com outros comprometimentos de aprendizagem. Segundo a professora de Língua Portuguesa, Luciana Ruiz, muitas famílias escolhem o Colégio porque seus filhos passam por histórias de insucesso escolar, passando de ano sem terem conhecido o Sistema Braille, por exemplo, fundamental para a alfabetização. O Colégio é mantido unicamente com doações de pessoas jurídicas e físicas e dirigida pela Companhia das Filhas de Caridade de São Vicente de Paulo desde a sua fundação. Nas salas, as crianças utilizam máquinas Perkins Brailler para produzirem o sistema de escrita. Elas recebem café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde e livros, tudo gratuitamente e, no período da tarde, há atividades como balé, teclado, piano e Orientação e Mobilidade, nas quais os alunos aprendem a se locomover pela cidade, andar em transporte público de forma autônoma.