OAB/SP lança ouvidoria específica para a advocacia feminina
Ação busca acolher e dar fala para advogadas do Estado.
Da Redação
quarta-feira, 20 de março de 2024
Atualizado às 16:01
Em comemoração ao Mês Internacional da Mulher, a OAB/SP - Ordem dos Advogados do Brasil, Seção São Paulo lança a "Ouvidoria das Mulheres Advogadas". Para liderar o novo órgão, a presidente da ordem paulista, Patricia Vanzolini, nomeou a advogada e presidente da comissão de família e sucessões da OAB/SP, Silvia Marzagão.
A iniciativa beneficia diretamente mais de 182 mil mulheres advogadas inscritas na ordem paulista. Com sua nomeação, Silvia Marzagão assume a coordenação dos trabalhos da Ouvidoria das Mulheres Advogadas, que atua como um importante instrumento para receber críticas, sugestões e opiniões, visando a melhoria das condições e oportunidades para as mulheres na advocacia.
A presidente da OAB/SP, Patrícia Vanzolini, explica que a ouvidoria, como o próprio nome sugere, tem o papel de ouvir, estabelecer contato, humanizar e, acima de tudo, dar uma resposta àqueles que procuram o órgão. "A ideia é que a gente possa auxiliar em qualquer problema que as advogadas venham a ter no exercício da sua profissão", ressalta Patrícia.
Para a diretora secretária-geral adjunta da OAB/SP, Dione Almeida, a criação da Ouvidoria das Mulheres Advogadas demonstra uma preocupação genuína com aquelas que precisam de auxílio em momentos difíceis de suas vidas. "Temos o compromisso de entregar à advocacia paulista serviços institucionais com a máxima qualidade, mas as questões de gênero, seus estereótipos e suas interseccionalidades podem ser obstáculos para essa entrega", ressalta. A abordagem da diretora destaca a importância de reconhecer e enfrentar os desafios específicos que as mulheres advogadas enfrentam, garantindo assim um ambiente mais inclusivo e equitativo na prática jurídica.
"Isso porque os vieses inconscientes podem inviabilizar a excelência do trabalho de qualquer ouvidoria. Daí a razão de presentearmos a advocacia paulista com mais esse instrumento de efetividade de direito ao trabalho decente", reforça Almeida.
A ouvidora Silvia Marzagão está extremamente honrada e empenhada em exercer a nova função, seguindo todas as diretrizes da gestão da Secional, que preza pela observância das questões ligadas ao gênero, à diversidade e à valorização da Advocacia. Sua dedicação e comprometimento demonstram o cuidado e a seriedade com os quais ela encara a responsabilidade de representar e apoiar as mulheres advogadas, promovendo um ambiente mais inclusivo e igualitário na prática jurídica. "É importante pensar que ter uma ouvidoria voltada à advocacia feminina nos permite a análise sob o viés da perspectiva de gênero e todos os impasses que são trazidos para a nossa questão diante do fato de sermos mulheres", ressaltou.
A responsável pelo órgão explicou, ainda, que a Ouvidoria da Mulher é recente no judiciário, mas fundamental para permitir que as advogadas tenham um espaço de acolhimento e fala, contribuindo para que a atividade delas possa ser protegida não só dentro do ambiente da Ordem, mas também em todo o sistema judiciário. A nova ouvidora ressaltou também que está organizando as regras internas de trabalho para ter um processo com prazo de resposta predefinido. Silvia Marzagão reforçou que todas as solicitações serão respondidas, garantindo assim um atendimento eficiente e atencioso às necessidades das mulheres advogadas. "Cuidaremos do sigilo, quando solicitado, e da discrição na condução das questões apresentadas à Ouvidoria".
Neste início das atividades da ouvidoria específica para a advocacia feminina, as advogadas devem entrar em contato por meio do e-mail. Futuramente, os canais de atendimento serão ampliados, proporcionando mais opções para as mulheres advogadas se comunicarem e receberem suporte quando necessário. Essa iniciativa visa garantir que as advogadas tenham um canal direto e acessível para compartilhar suas preocupações, solicitações e feedbacks, promovendo assim um ambiente mais inclusivo e de apoio dentro da Ordem.