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Artigo

Barroso e Luna refletem sobre ódio e mentiras nas mídias sociais

O artigo, publicado na revista "Direitos Fundamentais e Justiça", traz reflexão crítica sobre o impacto da revolução digital e da internet.

Da Redação

terça-feira, 12 de março de 2024

Atualizado às 22:00

Em um artigo recentemente publicado, Luís Roberto Barroso, ministro presidente do Supremo Tribunal Federal, e a advogada Luna van Brussel Barroso discutem o impacto profundo da revolução digital nas estruturas fundamentais da sociedade moderna: democracia, mídias sociais e liberdade de expressão. Os autores apresentam uma reflexão crítica sobre como a era digital remodelou não apenas a comunicação, mas também os próprios pilares da democracia.

O artigo, dividido em cinco capítulos, aborda desde a história e os conceitos fundamentais da democracia constitucional até a urgente necessidade de um quadro regulatório adaptado às novas realidades impostas pelas plataformas digitais. Os autores destacam a democratização do acesso ao conhecimento e à informação proporcionada pela internet, ao mesmo tempo em que alertam para os perigos representados pela disseminação de desinformação, discursos de ódio e teorias da conspiração.

 (Imagem: Gustavo Moreno/SCO/STF | Zô Guimarães/Folhapress)

Artigo de Barroso e Luna reflete impacto da revolução digital e da internet.(Imagem: Gustavo Moreno/SCO/STF | Zô Guimarães/Folhapress)

Desafio das Mídias Sociais

Segundo os autores, as mídias sociais revolucionaram a comunicação interpessoal e social, democratizando o acesso ao conhecimento e à informação. No entanto, essa mesma abertura facilitou uma propagação exponencial de conteúdo abusivo, incluindo desinformação e discurso de ódio, frequentemente ampliados pelos algoritmos das plataformas digitais. Essas dinâmicas representam desafios significativos para a manutenção de uma esfera pública saudável e uma democracia vibrante.

Necessidade de Regulação

O artigo propõe um quadro regulatório para a disciplina das plataformas digitais, buscando um equilíbrio entre a liberdade de expressão e a necessidade de restringir conteúdos nocivos. Os autores argumentam a favor de um modelo de "autorregulação regulada" ou corregulação, em que o Estado estabelece padrões básicos, mas as próprias plataformas têm flexibilidade para implementá-los, sempre sob a supervisão de um comitê independente.

O Papel da Sociedade e a Educação Midiática

Além das medidas regulatórias, os autores destacam a importância da educação midiática como ferramenta para criar um ambiente online mais positivo, construtivo e livre. Argumentam que a sociedade como um todo deve estar envolvida na criação de soluções, enfatizando a necessidade de promover o pensamento crítico e a consciência digital entre os usuários da internet.

Conclusão: Uma Busca Pela Verdade Possível

Em um mundo cada vez mais dominado pelas mídias sociais, o artigo de Luís Roberto Barroso e Luna van Brussel Barroso serve como um chamado à ação para enfrentar os desafios impostos pela era digital. A regulamentação das plataformas digitais, combinada com um compromisso renovado com a educação midiática e o envolvimento cívico, é apresentada como caminho viável para proteger os fundamentos da democracia e promover uma busca coletiva pela "verdade possível".