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Pelo segundo ano, número de mulheres na presidência dos tribunais diminuiu

Apesar de avanços e políticas, a representação feminina em presidências de tribunais enfrenta declínio pelo segundo ano, refletindo barreiras mais amplas na ascensão das mulheres.

Da Redação

sexta-feira, 8 de março de 2024

Atualizado às 15:30

A representação feminina em posições de liderança nos tribunais brasileiros tem seguido uma tendência decrescente nos últimos anos, desafiando as expectativas de progresso na igualdade de gênero no Judiciário.

Esta realidade é ainda mais complexa quando observamos a cadeia de ascensão nos tribunais, que começa com uma baixa representatividade feminina no corpo de desembargadoras e ministras, impactando diretamente a presença de mulheres em posições de presidência.

Em 2022, o levantamento mostrava que, nas então 61 Cortes judiciárias, 18 eram presididas por elas, representando 29%.

levantamento de 2023 apontou que o número de mulheres presidentes de tribunais caiu, apesar da criação do TRF-6. Eram 16 mulheres entre as 62 Cortes, totalizando 25%.

Do mesmo modo, o levantamento deste ano manteve a regra. Nos 62 tribunais, há apenas 13 mulheres na presidência (21%).

 (Imagem: Arte Migalhas)

Número de mulheres na presidência dos tribunais ao longo dos anos.(Imagem: Arte Migalhas)

Com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, a única mulher a presidir um Tribunal Superior é a ministra Maria Thereza de Assis Moura, do STJ.

Entre os TRFs, apenas o da 6ª região é presidido por uma mulher: Mônica Sifuentes.

Já nos 27 Tribunais de Justiça, apenas cinco são presididos por elas. São eles: TJ/AC, TJ/AM, TJ/MT, TJ/PA e TJ/TO. Houve diminuição de uma mulher no cargo se comparado a 2023.

As Cortes do Trabalho mantiveram o número de presidentes mulheres. No ano anterior contavam com seis mulheres na presidência. O número se manteve, apesar de não serem as mesmas ocupantes no cargo. Neste ano, os TRTs da 2ª, 3ª, 5ª, 6ª, 16ª e 17ª região contam com presidentes mulheres.

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