Ilicitude é argumento de pobres para afastar filhos das drogas, diz Nunes Marques
Ministro votou pela não descriminalização da maconha para uso pessoal.
Da Redação
quarta-feira, 6 de março de 2024
Atualizado às 19:54
Durante sessão plenária do STF nesta quarta-feira, 6, ministro Nunes Marques, ao proferir voto contra a descriminalização da maconha para uso pessoal, pediu licença para trazer percepção de sua experiência pessoal.
S. Exa. afirmou que foi criado em um conjunto habitacional em Teresina/PI e que sua manifestação poderia ser pueril, mas seria fundamental para as famílias brasileiras.
Segundo o ministro, todos os membros do STF são bem intencionados e tentam transformar o Brasil em um país melhor. Apontou que ficou impressionado com os votos em sentido diverso e com a sensibilidade dos pares que tentam alterar o sistema carcerário.
Mas, ressaltou que nas famílias pobres do país os genitores não dialogam com os filhos acerca de drogas, pois a falta de instrução dos pais torna a orientação quase inexistente.
"A família não tem mais condições de dialogar, a escola não tem mais, o Estado não tem como", afirmou o ministro.
S. Exa. apontou que o único argumento utilizado por essas pessoas para afastar os filhos das drogas é a ilicitude das substâncias.
"Meu filho, não faça isso, porque isso é ilícito. Esse é o único argumento que o pai e a mãe pobre brasileira tem", completou.
Ao final, encaminhou voto no mesmo sentido do ministro Cristiano Zanin, pela não descriminalização do porte de maconha para uso pessoal e pelo estabelecimento de 25g, ou seis plantas fêmeas, como quantidade diferenciadora entre usuário e traficante.
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