Grupo Severiano Ribeiro faz acordo com Ecad para pagamento de direito autoral
Da Redação
terça-feira, 5 de junho de 2007
Atualizado às 08:57
Ecad
Grupo Severiano Ribeiro faz acordo para pagamento de direito autoral
O Grupo Severiano Ribeiro, uma das maiores redes de cinema do Brasil, fechou acordo judicial com o Ecad para o pagamento do direito autoral de execução pública das músicas constantes nas trilhas sonoras dos filmes exibidos em suas salas, pondo fim a uma disputa judicial que durou mais de 15 anos. O acordo compreende a retribuição autoral de 198 salas.
Desde fevereiro de 2006, segundo o Ecad, o Grupo Severiano Ribeiro vem pagando 2,5% da receita bruta de bilheteria pelas músicas nacionais e estrangeiras executadas em suas salas, "beneficiando milhares de compositores e titulares que irão receber suas devidas retribuições pela utilização das suas obras musicais". O pagamento de 2,5% sobre a bilheteria representa, segundo o Ecad, a "solidificação da cobrança do segmento cinema, tratando-se de um dos maiores grupos exibidores do Brasil, que reúne mais de 10 empresas".
Segundo o gerente jurídico do Ecad, Samuel Fahel, "essa vitória é especialmente importante neste ano em que o Ecad comemora 30 anos de atividades". No último ano, o Ecad distribuiu R$ 206 milhões para 59 mil titulares de música - compositores, intérpretes, músicos, editores musicais e produtores fonográficos - o que representa um salto de 145% em relação a 2000.
Segundo o Ecad, a instituição possui cadastrados em seu banco de dados mais de 228 mil titulares, 1 milhão de obras musicais, 500 mil fonogramas e 43 mil audiovisuais. Mensalmente são emitidos cerca de 40 mil boletos bancários de pagamento para usuários de música de todo o Brasil. Todos esses fatores contribuíram para uma arrecadação média mensal de R$ 22 milhões, em 2006.
Vitórias judiciais
O Ecad informa que os valores arrecadados em vitórias judiciais em 2005 foram de R$ 18 milhões, e em 2006, R$ 60 milhões. Porém, segundo o Ecad, "ainda há um grande número de processos tramitando na Justiça, fruto do desrespeito de usuários que utilizam músicas, mas insistem em não efetuar o pagamento do direito autoral".
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