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Trabalhista

PL define que entregadores de apps não têm vínculo com plataformas

Para autor da proposta, a jurisprudência do TST mostra-se "controversa e insegura" em relação às relações de trabalho firmadas entre plataformas de aplicativos e seus prestadores de serviços.

Da Redação

sábado, 10 de fevereiro de 2024

Atualizado às 07:59

O senador Wilder Morais apresentou projeto de lei que define condições em que não se configuraria relação de emprego entre prestadores de serviços e plataformas tecnológicas de intermediação com usuários. Para ele, a proposta daria fim à insegurança jurídica quanto ao trabalho relacionado a aplicativos de celular, por meio de plataformas de entrega e de transporte.

Ao alterar a CLT, o PL 4.737/23 define que nos trabalhos em parceria ou colaboração entre prestadores de serviço e usuários através de aplicativos, com a intermediação de plataformas tecnológicas, não se configura a prestação pessoal ou a pessoalidade, quando o prestador de serviço puder indicar um ou mais substitutos (outros colegas) para o exercício das mesmas funções, com o uso dos mesmos instrumentos.

Também fica estabelecido que não se configura a subordinação jurídica ou o trabalho sob dependência nessas relações, quando inexistente a previsão de qualquer penalidade aos prestadores que cancelarem ou rejeitarem serviços.

Para o senador Wilder a jurisprudência do TST mostra-se "controversa e insegura" em relação às relações de trabalho firmadas entre plataformas de aplicativos e seus prestadores de serviços.

"Vivemos uma insegurança jurídica e algumas plataformas chegam a ameaçar a suspensão de suas atividades em função da possibilidade de arcar com os encargos sociais associados ao emprego celetista, além das despesas jurídicas e administrativas consequentes. Registre-se que a maioria dos trabalhadores, tampouco, quer ou exige uma relação de emprego. Busca-se, no mais das vezes, a flexibilidade que essas modalidades de trabalho permitem", afirma o senador.

 (Imagem: Karime Xavier/Folhapress)

Prestadores de serviço de apps não têm relação de emprego, define PL.(Imagem: Karime Xavier/Folhapress)

Informações: Agência Senado

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