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Dia da Infâmia

"São Quixotes do mal", diz Barroso de extremistas do 8 de janeiro

Presidente do Supremo afirmou que a data jamais será esquecida, para que episódios como esse nunca mais se repitam.

Da Redação

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Atualizado em 9 de janeiro de 2024 10:29

"Extremistas que não velam pelas instituições, que não respeitam as pessoas, que não cultivam os valores da civilidade e da harmonia social. Vivem de inventar inimigos, são Quixotes do mal", afirmou o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso em sessão plenária que relembra um ano dos atos golpistas que resultaram em depredações nas sedes dos Três Poderes.

O que são "Quixotes do mal"?
Chatgpt: A expressão "Quixotes do mal" faz referência a pessoas que, assim como Dom Quixote, o protagonista da obra "Dom Quixote de la Mancha" de Miguel de Cervantes, têm uma visão distorcida da realidade e agem de maneira idealista e fantasiosa, muitas vezes de forma prejudicial ou destrutiva.

A cerimônia contou com a presença de ministros da Corte; os ministros aposentados Ricardo Lewandowski e Rosa Weber; o escolhido de Lula para o STF, Flávio Dino; o procurador-geral da República, Paulo Gonet, além de diversas personalidades do mundo jurídico e político.

Pela primeira vez desde 1988, houve uma reunião formal de ministros do Supremo antes do início do ano judiciário.

Assista ao discurso completo:

No discurso, o presidente do Supremo destacou que a data jamais será esquecida, para que episódios como esse nunca mais se repitam. "O país da intolerância, do desrespeito ao resultado eleitoral, da violência destrutiva contra as instituições. Um Brasil que não se parece com o Brasil."

Em seguida, S. Exa. relembrou que eram cerca de oito horas da noite do dia 8 de janeiro de 2023 quando ele e a ministra Rosa Weber atravessaram as esquadrias destruídas da entrada do Tribunal e avistaram o espetáculo de horror na Corte.

"Estilhaços de vidros, retratos atirados ao chão, móveis depredados, o crucifixo arrancado da parede, a bancada do plenário pisoteada, o tapete queimado, água por todo lado, inscrições de ódio pelas paredes. Um cenário de barbárie motivado por uma animosidade que foi artificialmente cultivada anos a fio", relembrou.

Para Barroso, os responsáveis pelo Dia da Infâmia são extremistas que não velam pelas instituições, desrespeitam as pessoas e não cultivam os valores da civilidade e da harmonia social. Segundo S. Exa., esses indivíduos "vivem de inventar inimigos" e são "Quixotes do mal".

Homenageando a ministra Rosa Weber, Barroso afirmou que, em meio a toda destruição, sobressaiu a face amorosa do dedicado trabalho de dezenas de servidores e colaboradores na reconstrução, não apenas do plenário, mas de todo edifício-sede. "A resposta do Tribunal não veio com palavras, mas com ação."

"A história deixará documentado que no dia 1º de fevereiro realizamos regularmente a sessão solene de abertura do judiciário e em um gesto simbólico de reafirmação da Justiça, abraçamos o prédio do STF."

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