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STF

Nunes envia à arbitragem ação de Lula por voto da União na Eletrobras

Para o ministro Nunes Marques, relator, a matéria poderá ser solucionada pelo diálogo institucional.

Da Redação

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Atualizado às 16:29

O ministro Nunes Marques, do STF, encaminhou para a CCCAF - Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal a ação em que o presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva, questiona a redução de poder de voto da União na Eletrobras.

A lei de desestatização da Eletrobras (lei 14.182/21) proíbe que acionistas ou grupo de acionistas tenham votos em número superior a 10% da quantidade de ações em que se dividir o capital votante da empresa.

Na ação, a AGU sustenta que a aplicação imediata dessa regra às ações detidas antes do processo de desestatização representa grave lesão ao patrimônio e ao interesse públicos, porque a União manteve cerca de 42% das ações ordinárias, mas não tem voto proporcional a essa participação.

 (Imagem: Nelson Jr./SCO/STF.)

Relator encaminha ação sobre redução de poder de voto da União na Eletrobrás para tentativa de conciliação.(Imagem: Nelson Jr./SCO/STF.)

Na avaliação do ministro Nunes Marques, a matéria poderá ser mais bem solucionada pelo diálogo institucional e pela via consensual, beneficiando a sociedade no que diz respeito ao formato e às delimitações do modelo de governança corporativa da empresa.

Ele afirmou que a solução deve buscar equacionar os interesses dos grupos controladores e controlados, sem perder de vista tanto o interesse público que norteia a prestação de serviço essencial à sociedade brasileira, quanto a rentabilidade econômica e o bom desempenho da administração da empresa.

A seu ver, em questões de profundo dissenso e complexidade como a colocada nos autos, cabe aos tribunais atuar com cautela. Eventual decisão do Supremo pode acarretar impacto significativo não só à administração da Eletrobras, mas também ao sistema elétrico nacional e, em última instância, à própria ordem econômica.

Confira aqui o despacho.

Informações: STF.

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