Indicados para vagas de ministros do STJ são aprovados pelo Senado
Os nomes de Daniela Teixeira, José Afrânio Vilela e Teodoro Silva Santos serão enviados para a nomeação.
Da Redação
quarta-feira, 25 de outubro de 2023
Atualizado às 20:27
O Senado aprovou, nesta quarta-feira, 25, os três nomes indicados para vagas de ministros do STJ. Daniela Teixeira, José Afrânio Vilela e Teodoro Silva Santos, indicados pelo presidente Lula, devem ser nomeados, e a partir daí o STJ poderá marcar a data da posse.
Pela manhã, os indicados passaram por mais de cinco horas de sabatina na Comissão.
- Veja como foi a sabatina.
Daniela Teixeira integrou lista tríplice formada pelo pleno do STJ em 23 de agosto, a partir dos seis nomes apresentados pela OAB. Há 10 anos não se tinha uma mulher indicada ao Tribunal da Cidadania. A vaga decorre da aposentadoria do ministro Felix Fischer, que se aposentou em 2022.
Já os desembargadores José Afrânio Vilela, do TJ/MG, e Teodoro Silva Santos, do TJ/CE, foram escolhidos em uma lista de quatro nomes também formada pelo pleno do STJ. As vagas decorrem da aposentadoria do ministro Jorge Mussi, em janeiro, e do falecimento do ministro Paulo de Tarso Sanseverino, em abril.
Novos ministros
Daniela Teixeira é natural de Brasília/DF e tem 51 anos. Destes, 27 anos foram dedicados à advocacia.
É formada pela UnB (1996), tem pós-graduação em Direito Econômico e das Empresas pela FGV (1998) e mestrado profissional em Constituição e Sociedade pelo IDP (2020).
Foi conselheira Federal da OAB, pelo DF, nas gestões 2010/12 e 2019/21. Ainda na Ordem, foi diretora secretária-geral da OAB/DF de 2013/15 e vice-presidente de 2016/18.
Integrou comissões de juristas da Câmara dos Deputados, participou da elaboração do anteprojeto da nova lei de improbidade, da nova lei do Estado Democrático de Direito e da nova lei de lavagem de dinheiro.
Em 2019, Daniela Teixeira foi indicada pelo STF, por unanimidade, para compor o TSE na categoria jurista.
Daniela Teixeira é autora da lei 13.363/16, que concede direitos às advogadas grávidas, adotantes e lactantes, como suspensão de prazos e preferência em audiências. A lei foi denominada com o nome de sua filha: Lei Julia Matos, cuja história foi a inspiração para o projeto de lei.
José Afrânio Vilela tem 62 anos. Possui graduação em Direito pela UFU e pós-graduação em gestão judiciária pela UnB.
Foi aprovado no concurso público para a magistratura do TJ/MG de 1988/1989. Atuou como juiz titular e juiz-cooperador de diversas comarcas no Estado, e ocupou o cargo de 10º juiz de Direito de BH.
Em 2004, foi promovido ao cargo de juiz do extinto Tribunal de Alçada de Minas Gerais, lotado na 3ª câmara Cível (Direito Privado). Foi também superintendente de Planejamento e Administração do Tribunal de Alçada do Estado, até 2005, quando da integração ao Tribunal de Justiça.
Desde 2005, é desembargador do TJ/MG, atuando na 2ª câmara Cível (Direito Público).
Teodoro Santos formou-se em Direito pela Unifor em 1987. Em 1997, cursou especialização em Direito Constitucional; em 2007, concluiu o mestrado; e em 2020, finalizou o doutorado também em Direito Constitucional. Neste ano, faz estágio pós-doutoral na Universidade do Minho, em Braga (Portugal).
Entre 1989 e 1992, foi delegado em Rondônia e, entre 1993 e 2010, promotor de Justiça do Ceará. Desde 2003, Santos é professor titular da Universidade de Fortaleza, onde ministra disciplinas de graduação relacionadas a processo penal. O indicado também apresenta extensa produção bibliográfica, com artigos publicados em periódicos e livros. Ele é atualmente desembargador no TJ/CE.
Composição
Nos termos do art. 104 da Constituição, o STJ é composto por 33 ministros. Um terço deles vem dos Tribunais Regionais Federais e outro tem origem nos Tribunais de Justiça.
O último terço é escolhido, em partes iguais, alternadamente, entre advogados e membros do Ministério Público Federal, Estadual e do DF.