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Patrimônio pessoal

Juiz de MG determina bloqueio de R$ 50 milhões de sócios da 123 Milhas

Magistrado acatou pedido do MP para desconsideração da personalidade jurídica.

Da Redação

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Atualizado às 15:10

Sócios da 123 Milhas terão bens bloqueados no valor de R$ 50 milhões. Assim determinou o juiz de Direito Eduardo Henrique de Oliveira, da 15ª vara Cível de Belo Horizonte/MG. Com a decisão, o patrimônio pessoal de Ramiro Madureira e Augusto Madureira serão bloqueados para garantir o pagamento de créditos aos consumidores lesados.

O magistrado aceitou pedido do MP para desconsiderar a personalidade jurídica da empresa e bloquear os bens pessoais dos sócios.

"Estão presentes a probabilidade do direito e o risco ao resultado útil do processo, este caracterizado pela necessidade de não obstaculizar a integral reparação dos danos causados, resguardando-se de pronto algum numerário para o ressarcimento futuro dos milhares de consumidores lesados, devendo preponderar o interesse coletivo, em detrimento da separação entre a pessoa jurídica e seus sócios."

 (Imagem: CLAUDIO REIS/Agência Enquadrar/Folhapress)

Ramiro Madureira, um dos sócios da 123 Milhas, prestou depoimento na CPI das Pirâmides.(Imagem: CLAUDIO REIS/Agência Enquadrar/Folhapress)

No mês passado, a 123 Milhas suspendeu a emissão de passagens para embarque previsto entre setembro e dezembro deste ano. O cancelamento foi aplicado aos bilhetes da "Linha Promo". O prejuízo aos consumidores é investigado pela Justiça e pela Senacon - Secretaria Nacional do Consumidor.

"Negócio equivocado"

Em depoimento à CPI das Pirâmides Financeiras na Câmara dos Deputados, no início do mês, o sócio da 123 Milhas, Ramiro Madureira, disse que o modelo de negócio equivocado levou à falência da empresa.

Segundo ele, a empresa acreditava que os custos iriam reduzir a partir da recuperação do mercado de viagens após a pandemia, o que não ocorreu. O modelo dependia de novas compras no site, que foi menor que o esperado. Na linha promocional, a Promo, os clientes compravam passagens com datas flexíveis.

Informações: Agência Brasil.

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