Silvinei Vasques, ex-chefe da PRF, é preso pela PF
A acusação contra o ex-policial, que inusitadamente se aposentou logo após as eleições de 2022, é de ter interferido no pleito.
Da Redação
quarta-feira, 9 de agosto de 2023
Atualizado em 19 de dezembro de 2023 15:46
Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da PRF, foi preso preventivamente, em Florianópolis/SC, na manhã desta quarta-feira, 9, em uma investigação que apura sua interferência criminosa no segundo turno das eleições de 2022.
Além da prisão de Silvinei, policiais federais cumpriram 10 mandados de busca e apreensão nos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte. A operação conta com o apoio da Corregedoria Geral da PRF, que determinou a oitiva de 47 Policiais Rodoviários Federais.
Constituição Cidadã
A operação, batizada de Constituição Cidadã, objetiva esclarecer suposto uso da máquina pública para interferir no segundo turno das eleições presidenciais de 2022.
Conforme as investigações, integrantes da PRF teriam direcionado recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores no dia 30/10/2022. Foram feitas blitze que interferiram na movimentação de eleitores, sobretudo no Nordeste, onde Lula tinha vantagem sobre Jair Bolsonaro nas pesquisas de intenção de voto.
Na véspera do referido dia 30, o diretor-geral da PRF havia declarado voto em Bolsonaro. À época, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, determinou a suspensão imediata das blitze, sob pena de prisão de Vasques.
Acusações
Segundo a PRF, os fatos investigados configuram, em tese, crimes de prevaricação e violência política, previstos no CP, e os crimes de impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio e ocultar, sonegar, açambarcar ou recusar no dia da eleição o fornecimento, normalmente a todos, de utilidades, alimentação e meios de transporte, ou conceder exclusividade dos mesmos a determinado partido ou candidato, do Código Eleitoral.
Informações: PF.