MIGALHAS QUENTES

  1. Home >
  2. Quentes >
  3. TJ/SP condena sócios por venderem imóvel a esposas para evitar penhora
Fraude à execução

TJ/SP condena sócios por venderem imóvel a esposas para evitar penhora

Colegiado concluiu que as compradoras tinham ciência da existência da execução ou, ao menos, da dívida da empresa.

Da Redação

quarta-feira, 26 de julho de 2023

Atualizado às 13:44

A 27ª câmara de Direito Privado do TJ/SP anulou a venda de imóvel de uma empresa de engenharia para as esposas de seus sócios. Segundo o colegiado, ficou caracterizada a fraude com o objetivo de evitar a penhora do bem para o pagamento de dívida devido a aluguéis de equipamentos de construção.

Consta nos autos que uma empresa de engenharia vendeu imóvel às esposas dos únicos sócios após o início do cumprimento de sentença. Na Justiça, o credor alegou fraude à execução, por entender que restou configurada a má-fé e a intenção de frustrar a cobrança por parte da devedora.

Em primeiro grau, o juízo rejeitou a alegação de fraude à execução. Inconformado, o credor recorreu da decisão.

 (Imagem: Freepik)

TJ/SP condena sócios por venderem imóvel a esposas para evitar penhora.(Imagem: Freepik)

Ao analisar o recurso, o desembargador Tavares de Almeira, relator, explicou que o reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente.

Pontuou que, no caso, há fortes indícios da má-fé das adquirentes. "São esposas dos únicos sócios da executada que, evidentemente, não desconheciam a situação financeira da empresa", afirmou.

"Ainda que a má-fé não se presuma, a relação de parentesco aponta em sentido contrário. Ou seja, as compradoras tinham ciência da existência da execução ou, quando menos, da dívida e do conluio com os sócios. A circunstância é suficiente para caracterizar a fraude à execução."

Destacou, ainda, que "causa estranheza" a alienação envolvendo pessoas próximas dos sócios, casadas sob o regime da comunhão parcial de bens, justamente após o início do cumprimento de sentença.

Assim, declarou a fraude e, por consequência, a ineficácia da referida alienação.

O advogado Ricardo Trotta, sócio do Ricardo Trotta Sociedade de Advogados, atua na causa. 

Leia o acórdão.

Patrocínio

Patrocínio Migalhas
ADRIANA MARTINS SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA
ADRIANA MARTINS SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA

Nosso escritório é formado por uma equipe de advogados especializados, nas áreas mais demandas do direito, como direito civil, trabalhista, previdenciário e família. Assim, produzimos serviços advocatícios e de consultoria jurídica de qualidade, com muito conhecimento técnico e jurídico. A...

Flávia Thaís De Genaro Sociedade Individual de Advocacia

Escritório de advocacia Empresarial, Flávia Thaís De Genaro Sociedade Individual de Advocacia atua nas áreas Civil, Tributária e Trabalhista. Presta consultoria em diversos segmentos da Legislação Brasileira, tais como: Escrita Fiscal, Processo Civil e Alterações do Novo Código de 2002, Falências,...

NEDER DA ROCHA & ADVOGADOS
NEDER DA ROCHA & ADVOGADOS

NEDER DA ROCHA & ADVOGADOS ASSOCIADOS