Tainá Junquilho: Regular IA é necessário para evitar discriminação
Segundo pesquisadora, a governança dos modelos de IA é uma reivindicação mundial.
Da Redação
terça-feira, 27 de junho de 2023
Atualizado às 12:09
Inteligência artificial pode ser enviesada. Essa é a opinião da advogada, professora e pesquisadora do ITs Rio, Tainá Aguiar Junquilho. Em entrevista à TV Migalhas, no "XI Fórum Jurídico de Lisboa", ela ressaltou que, como os modelos de IA são produzidos por humanos, são imbuídos de preconceitos e vieses.
Ainda, de acordo com a pesquisadora, discussões mundiais pedem a regulação da IA, não apenas pelo risco discriminatório, mas também pela falta de transparência.
Tainá ressalta que, no Brasil, princípios como da não discriminação e da proteção de dados pessoais já são aplicados, mas, é necessária a aprovação de norma que regule o tema de forma mais prática, como a proposta pelo senador Rodrigo Pacheco no PL 2.338/23.
Segundo Tainá, esse PL "tenta trazer algumas regras que são menos principiológicas e mais regulamentares; mais regras, para que as pessoas que aplicam e operam esses sistemas de inteligência artificial saibam em que medida elas podem, também, ser responsabilizadas pela operação desses sistemas".
Confira o vídeo:
O evento
O XI Fórum Jurídico de Lisboa ocorre nos dias 26, 27 e 28 de junho, sob o mote principal "governança e constitucionalismo digital". O evento é organizado pelo IDP - Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa, pelo ICJP - Instituto de Ciências Jurídico-Políticas da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e pelo CIAPJ/FGV - Centro de Inovação, Administração e Pesquisa do Judiciário da FGV Conhecimento.