Adriana Spengler: É dever do criminalista mediar punitivismo do Estado
Vice-presidente nacional da Abracrim reiterou que mesmo as autoridades de controle do Estado tendem a ter um rechaço o advogado criminalista.
Da Redação
quinta-feira, 15 de junho de 2023
Atualizado às 12:14
Durante o EBAC - Encontro Brasileiro de Advocacia Criminal, a vice-presidente nacional da Abracrim, Adriana Spengler, concedeu entrevista à TV Migalhas e abordou a relevância da advocacia criminal.
Ela destaca que cabe ao advogado criminalista atuar como mediador do poder punitivista do Estado, fazendo com que os critérios estabelecidos pela lei sejam cumpridos no dia a dia.
"A sociedade não entende, e não quer saber do marginal criminoso. A única pessoa que tem esse olhar para ele, como transgressor da norma, como um agente que quebrou uma expectativa social de conduta, é o advogado criminalista. E, com isso, de forma equivocada equiparam o advogado ao seu cliente."
A advogada reitera que até mesmo as autoridades de controle do Estado tendem a ter um rechaço ao advogado criminalista. "Muita das vezes sofremos abuso de autoridade por isso."
Assista à entrevista:
O evento
Nos dias 14, 15 e 16 de junho, acontece o Encontro Brasileiro da Advocacia Criminal, promovido pela Abracrim - Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas, em Brasília/DF. O EBAC 2023, que já está sendo chamado "EBAC dos 30 anos da Abracrim", terá como tema central "A redemocratização da Justiça Penal e o Respeito à Advocacia Criminal".