Associação recebe nomes para formar lista tríplice de candidatos à PGR
Escolha é do presidente da República e precisa de aprovação no Senado.
Da Redação
terça-feira, 30 de maio de 2023
Atualizado às 07:14
A ANPR - Associação Nacional dos Procuradores da República recebeu, nesta segunda-feira, 29, três nomes para a formação da lista tríplice que deve ser enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para indicação ao cargo de procurador-Geral da República.
Apesar da mobilização dos procuradores, não há sinalização de que Lula vá seguir as sugestões de nomes para a sucessão na PGR conforme fez em seus dois primeiros governos. Em setembro, termina o mandato do atual procurador Augusto Aras.
De acordo com a Constituição, o presidente da República não é obrigado a seguir a lista da associação e pode escolher qualquer um dos subprocuradores em atividade para o comando da PGR.
Somente os subprocuradores Mário Bonsaglia e Luiza Frischeisen, que figuraram em listas anteriores, e José Adonis Callou, ex-coordenador da operação Lava Jato na PGR, apresentaram candidatura. O prazo terminou às 18h.
A eleição ocorrerá entre os membros do Ministério Público e está prevista para 21 de junho.
Histórico
A lista tríplice foi criada em 2001 e é defendida pelos procuradores como um dos principais instrumentos de autonomia da carreira.
Entre 2003 e 2017, durante os governos Lula e Dilma, o procurador-Geral da República nomeado foi o mais votado na lista tríplice.
Em 2017, o ex-presidente Michel Temer indicou a procuradora Raquel Dodge, que, na ocasião, foi a segunda colocada na votação.
Em 2019, Jair Bolsonaro não seguiu a lista e indicou Augusto Aras, que foi reconduzido ao cargo dois anos depois.
Após indicação do presidente da República, o procurador-Geral é sabatinado pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça do Senado e precisa ter o nome aprovado pelo plenário da Casa. Em seguida, a posse é marcada pela PGR.
Informações: Agência Brasil.