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Porte de drogas

STF julga em 24/5 descriminalização de drogas para consumo próprio

O caso estava parado desde 2015, quando o ministro Teori Zavascki pediu vista dos autos.

Da Redação

sexta-feira, 19 de maio de 2023

Atualizado às 11:54

Presidente do STF, ministra Rosa Weber marcou para a próxima quarta-feira, 24 de maio, o julgamento que decidirá se o porte de drogas para consumo próprio é crime. O processo é o quarto item da pauta do dia.

O caso começou a ser julgado em 2015, mas acabou interrompido por pedido de vista de Teori Zavascki. O ministro faleceu em 2017, em um acidente aéreo, e o processo foi transferido para Alexandre de Moraes, que liberou os autos para julgamento em novembro de 2018.

Até o momento, votaram três ministros: Gilmar Mendes (relator), Edson Fachin e Luís Roberto Barroso.

Mendes votou pela inconstitucionalidade do artigo 28 da lei de drogas (lei 11.343/06), que define como crime o porte de drogas para uso pessoal, entendendo que ele viola o princípio da proporcionalidade. Para o ministro, a punição do usuário é desproporcional, ineficaz no combate às drogas, e ofende o direito constitucional à personalidade. Em seu voto, no entanto, o relator afastou apenas os efeitos penais da conduta, mantendo, "até o advento de legislação específica", as punições de ordem administrativa (multa).

Fachin e Barroso seguiram o entendimento, mas limitaram o voto ao porte de maconha.

O caso tem repercussão geral reconhecida.

 (Imagem: Carlos Moura/SCO/STF)

Ministra Rosa Weber incluiu o julgamento na pauta de quarta-feira.(Imagem: Carlos Moura/SCO/STF)

Política de drogas

Em agosto do ano passado, a equipe de Migalhas esteve com o ministro Barroso. Na ocasião, S. Exa. comentou que é preciso repensar, sem superstições e preconceitos, fórmulas alternativas à maneira como se tem combatido as drogas no Brasil, para entender e livrar comunidades inteiras do domínio do tráfico.

"As prisões estão entupidas de jovens primários e nós não conseguimos diminuir o poder do tráfico."

Ministro reforçou que sempre que algo não está funcionando é preciso discutir outras propostas.

Assista ao vídeo: