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Operação Venire

PF faz buscas na casa de Bolsonaro e prende Mauro Cid

O ex-chefe executivo deve prestar depoimento ainda hoje na PF.

Da Redação

quarta-feira, 3 de maio de 2023

Atualizado às 15:47

Nesta quarta-feira, 3, a PF realizou buscas na casa do ex-presidente Bolsonaro, em Brasília. Os policiais também prenderam o ex-ajudante de ordens do então chefe do executivo, tenente-coronel Mauro Cid Barbosa.

A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, no inquérito que apura a atuação do que se convencionou chamar "milícias digitais".

Denominada como Operação Venire, a investigação verifica se teria sido forjados certificados de vacinação de Boslonaro, de sua filha, Laura Bolsonaro, bem como de seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid Barbosa, da mulher e da filha dele.

A PF investiga, ainda, a situação de outros membros da comitiva, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

 (Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress)

PF faz buscas na casa de Bolsonaro e prende Mauro Cid em operação contra dados falsos de vacinação contra covid-19.(Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress)

Entenda

Hoje, a PF deflagrou a Operação Venire para esclarecer a atuação de associação criminosa constituída para a prática dos crimes de inserção de dados falsos de vacinação contra a covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS do Ministério da Saúde.

Estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro, além de análise do material apreendido durante as buscas e realização de oitivas de pessoas que detenham informações a respeito dos fatos.

As inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a covid-19 dos beneficiários.

Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de covid-19.

A apuração indica que o objetivo do grupo seria manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a covid-19.

Os fatos investigados configuram em tese os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.

Veja a representação policial.

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