Caso Americanas: CEO da Kroonos explica influência do due dilligence
Alexandre Pegoraro, explica que uma das vertentes do processo de due dilligence trata justamente dos tipos de informações que motivaram os erros do caso Americanas.
Da Redação
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023
Atualizado em 8 de fevereiro de 2023 18:22
Além dos prejuízos milionários espalhados por todo o ecossistema econômico, o caso das Lojas Americanas traz como consequência, de acordo com a plataforma SaaS para compliance, Kronoos, a constatação sobre a necessidade de as empresas e os investidores intensificarem processos de due dilligence com o uso de tecnologias emergentes.
O CEO da Kronoos, Alexandre Pegoraro, explica que uma das vertentes do processo de due dilligence trata justamente dos tipos de informações que motivaram os erros do caso Americanas.
Segundo ele, o serviço se refere a ações como a revisão dos relatórios financeiros da empresa, balanços, demonstrações de lucros, perdas e fluxos de caixa, entre outras que são usadas para avaliar sua situação e compreender suas operações financeiras. A prática também inclui a verificação de sua situação fiscal e a realização de projeções financeiras futuras para avaliar seu potencial de crescimento e rentabilidade.
Além disso, a due diligence também pode incluir uma avaliação dos riscos financeiros da empresa, incluindo a análise de sua capacidade de honrar suas dívidas e sua exposição a riscos cambiais e de mercado.
"A melhor forma de aumentar a confiabilidade dos dados do estudo é incluir uma ampla gama de fontes confiáveis, mas isto torna o processo complexo e praticamente inviabiliza sua realização de forma manual. Por outro lado, já existem sistemas inteligentes que consultam mais de 3.500 fontes em questão de segundos. Casos como o das Lojas Americanas jogam luz sobre a relação custo/benefício de apostar na tecnologia para obter esse conforto na tomada de decisão."
Para o diretor de consultoria na prática Gartner Legal, Risk & Compliance, Zack Hutto, o fato de pelo menos metade dos departamentos jurídicos não terem implementado sistemas tecnológicos emergentes significa que inovações mais sofisticadas serão muito mais difíceis de explorar com sucesso. "Os departamentos estão perdendo ganhos de eficiência significativos a cada dia, enquanto esses sistemas fundamentais não estão em vigor", explicou.