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Eterno Rei

Mundo jurídico lamenta a morte de Pelé

Em nota, STF afirmou: "Pelé continuará sendo referência mundial em uma das grandes paixões nacionais, o futebol".

Da Redação

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Atualizado em 30 de dezembro de 2022 10:28

Morreu nesta quinta-feira, 29, aos 82 anos, o Rei Pelé. A morte foi por falência de múltiplos órgãos, decorrente da progressão do câncer de cólon. Ele havia sido internado em 29 de novembro no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, e estava sob cuidados paliativos. 

Edson Arantes do Nascimento, conhecido mundialmente como Pelé, foi tricampeão mundial com a seleção brasileira e também ministro dos Esportes. Pelé ocupou a Pasta entre 1995 e 1998 no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. 

O mundo jurídico lamenta a morte do eterno Rei do futebol.

Conterrâneo do Rei, ministro Noronha e filho prestam homenagem ao craque: "o mais ilustre cidadão da cidade mineira de Três Corações".

 "Pelé não morreu, apenas partiu.

Os grandes homens não morrem, apenas partem para uma outra vida, mas seus feitos, ideas e ensinamentos se eternizam. Assim está a acontecer com o lendário Pelé, Edson Arantes do Nascimento, o mais ilustre cidadão da cidade mineira de Três Corações.

Pelé, filho de Dondinho, sempre será o ícone do futebol arte que fez o Brasil campeão mundial nas Copas do Mundo de 1958, 1962 e 1970. Único jogador tricampeão mundial. Mas a sua história não pára apenas nas quatro linhas do campo, ela transcende o seu futebol arte que encantou o mundo para mostrar o melhor exemplo de um atleta profissional de muita garra, determinação, patriota que sempre honrou seu País e serviu de referência as demais gerações.

Pelé não morreu hoje, não morrerá amanhã, na verdade, ele nunca morrerá por que sempre continuará vivo e grande como sempre foi no coração do povo brasileiro e das demais nações desse mundo que ama o futebol e que precisam de muitos PELÉS como exemplo de vida.

Viva o Rei Pelé!

Viva o Atleta do Século!"

João Otávio de Noronha e Otávio de Noronha


"Presto homenagem a Pelé, um artista da bola", disse a ministra Rosa Weber.

"Em nome da Suprema Corte do Brasil, presto homenagem a Pelé, um artista da bola, que encantou gerações e gerações com seu talento. Para os brasileiros, o maior jogador de futebol da história. Desejo conforto aos familiares e aos amigos. Pelé continuará sendo referência mundial em uma das grandes paixões nacionais, o futebol."

Ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça.


Ministro Gilmar Mendes publicou uma foto com o jogador nas redes sociais: "Pelé, o gênio da bola".

 (Imagem: Twitter: @gilmarmendes)

(Imagem: Twitter: @gilmarmendes)


Ministro Luís Roberto Barroso também deixou sua homenagem, destacando o talento do jogador: "Faço parte da geração que teve a sorte de crescer vendo Pelé nos gramados."

 (Imagem: Twitter: @LRobertoBarroso)

(Imagem: Twitter: @LRobertoBarroso)


"Pelé eternizou o melhor dos brasileiros e brasileiras", afirmou ministro Alexandre de Moraes.

 (Imagem: Twitter: @alexandre)

(Imagem: Twitter: @alexandre)


Presidente do Conselho Federal da OAB, Beto Simonetti lembrou: "Para além dos campos, trabalhou pelo povo brasileiro lutando pela redemocratização do país". 

 "A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), maior entidade civil brasileira, recebe com tristeza a notícia da morte de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, e manifesta suas condolências à família, aos amigos e aos fãs do Rei do Futebol. Principal jogador da história do futebol mundial, Pelé é símbolo do esporte brasileiro. Foi um gigante. Para além dos campos, trabalhou pelo povo brasileiro lutando pela redemocratização do país. Também exerceu o cargo de ministro do Esporte e levou ao mundo a mensagem de um Brasil diverso e vencedor."

Beto Simonetti, presidente nacional da OAB.

 


O desembargador Fábio Prieto lamentou a morte: "Tudo conspira para a glória. É o final do jogo."

"Vai-se um pedaço feliz da minha infância e adolescência em Santos.
Pelé me ensinou muitas coisas.
O compromisso.Estudei ao lado da Vila Belmiro.
Encerradas as aulas, corríamos para ver o final do treino do Santos.
Os jogadores deixavam o campo, mas Pelé permanecia.
Treinava sozinho os fundamentos do futebol de que já era o Rei.
Muitas vezes sob o sol escaldante.

A atenção e a gentileza com todos.
Pelé nunca negou autógrafo, conversa ou cumprimento aos seus fãs.
Era gentilíssimo nos autógrafos.
Perguntava para quem seriam endereçados.
Tinha suas fórmulas zelosas.
Todas afetivas.
A visão e o pensamento.

Pelé via o jogador à sua frente. O time adversário inteiro. Os seus companheiros. Todo o estádio.
Jogava para o mundo e a história do futebol a todo instante.
Tinha consciência sobre o seu papel de mito, de lenda.
A visão inigualável estava a serviço do pensamento. Ainda que tivesse uma fração de segundo, Pelé pensava e tomava a melhor decisão.
Era simplesmente completo como atleta e sujeito histórico do esporte.
Será difícil alguém superar Pelé.

As estatísticas, cada passo do destino, as conquistas espetaculares.
Os deuses do esporte cuidaram para que jogasse ao lado dos maiores.
O Santos icônico de 62 e 63.
As Seleções de 58, 62 e 70.
Quem superará o gol mais lindo e simbólico do futebol? O 4 x 1 na Itália em 70. Tostão roubando a bola na defesa. O menino Clodoaldo, que havia entregado o gol da Itália, driblando quatro adversários. A arrancada de Jairzinho, depois do passe de Rivelino. Pelé recebe na frente da área e toca para a direita, onde aparece o Capitão da maior seleção de todos os tempos.

Tudo é magia, encontro e beleza nesta obra-prima do esporte. Carlos Alberto faz o gol coletivo mais lindo e importante da história do futebol.
Tudo conspira para a glória. É o final do jogo. A apoteose de momento épico reservado aos abençoados.
Pelé foi escolhido e escolheu viver como o Rei do futebol.
Quem o viu em campo ou nas ruas da cidade de Santos jamais esquecerá.
Pelé mantém vivo e encantado o menino guardado no coração de cada um de nós, os seus fãs incondicionais.
Todos os gols que fizemos na praia, nos clubes, nas ruas, são gols de Pelé.
Pelé é eterno dentro de nós."

Fábio Prieto, desembargador. 


"O poeta do futebol". Foi desta forma que o presidente do TJ/MG, desembargador José Arthur de Carvalho Pereira Filho, referiu-se a Pelé.

 "Pelé tinha a poesia nos pés. Era o poeta do futebol. Poesia é arte, e a arte é uma linguagem universal. A genialidade de Pelé extrapolou o mundo do futebol, uniu povos de todo o planeta e levou encantamento a milhões de pessoas.

Cada drible, cada comemoração com o braço erguido, cada gol marcado é como se fosse um verso de poesia escrito no ar, tocando corações e nos lembrando que, para nossa sorte, existe magia suficiente na vida para nos fazer acreditar que o impossível não existe. Ele deixará saudades não apenas como jogador de futebol, mas como um encantador de almas, um plantador de esperança."

José Arthur de Carvalho Pereira Filho, presidente do TJ/MG

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