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Falecimento

Morre, aos 78 anos, Gilson Dipp, ministro aposentado do STJ

Dipp dedicou-se à magistratura por 25 anos, sendo 16 deles na Corte da Cidadania.

Da Redação

terça-feira, 29 de novembro de 2022

Atualizado em 1 de dezembro de 2022 09:58

Morreu nesta segunda-feira, 28, aos 78 anos, o jurista Gilson Dipp, advogado e ministro aposentado do STJ. 

Penalista, Gilson Dipp é lembrado pelo rigor de suas decisões, a cordialidade no tratamento com as pessoas e a habilidade em conciliar opiniões.

Aos que desejam prestar condolências, o velório será no dia 1º de dezembro, na Capela Especial 1 do Cemitério Campo da Esperança - Asa Sul, com início às 13h e saída da capela às 16h.

 (Imagem:  Sergio Amaral/CJF)

Morre o jurista Gilson Dipp.(Imagem: Sergio Amaral/CJF)

Gaúcho de Passo Fundo, chegou à magistratura com a experiência de quem advogou, tendo entrado no TRF da 4ª região pelo Quinto Constitucional. Depois, chegou ao STJ em vaga destinada à magistratura Federal. 

Durante sua permanência no STJ, o ministro proferiu mais de 80 mil decisões. 

Dipp dedicou-se à vice-presidência do STJ e do CJF em 2013 e 2014, e ocupou dois dos mais importantes cargos do Judiciário: coordenador-Geral da Justiça Federal, em 2007, e corregedor Nacional de Justiça, de 2008 a 2010.

Deixou o serviço público em 2014, após 25 anos dedicados à magistratura, e 16 anos de serviços prestados na Corte da Cidadania.

Atuou também como advogado e professor.

Homenagem

A presidente do STF, ministra Rosa Weber, lamentou o falecimento do ex-corregedor. Na abertura da sessão do CNJ desta terça-feira, 29, a ministra fez uma retrospectiva da trajetória profissional de Dipp.

"Estou em tristeza imensa porque acabei de ter a notícia do falecimento do meu querido amigo, ministro aposentado do STJ Gilson Dipp. (...) Foi aqui, nessa casa de gestão e aggiornamento (atualização) do imenso aparato jurisdicional brasileiro, que o tirocínio político de Dipp encontrou espaço para mobilizar inteligências e atitudes em direção a um Judiciário consentâneo com os reclamos de celeridade, estabilidade decisional, integridade moral e bom uso dos recursos públicos. As instituições são impessoais, mas são pessoas que fazem as instituições."

Livro

Em 2019, foi lançado em Brasília o livro livro "Novas Perspectivas Jurídicas - Uma homenagem a Gilson Dipp".

A obra foi organizada pelo advogado Rafael Araripe Carneiro. O livro reúne artigos de 15 autores em homenagem aos 50 anos de carreira jurídica de Gilson Dipp, metade deles como magistrado.

Estão entre os autores Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Rogério Schietti e Ela Wiecko. 

Os artigos fazem uma homenagem à trajetória do ministro tratando de diversos temas que receberam significativas contribuições ao longo de sua carreira, como sementes plantadas ao longo dos anos e que constituem hoje um importante legado.  

Um dos textos trata das varas especializadas em crimes financeiros e lavagem de dinheiro, idealizadas por Dipp. Outro artigo aborda a área eleitoral, em que Dipp, como ministro do TSE, construiu um histórico de votos inovadores que destacavam a proteção da liberdade de imprensa e de manifestação, até hoje tidos como referência.

Entrevista

Em 2019, o ministro concedeu entrevista à TV Migalhas, quando falou sobre a judicialização da política. 

Ele destacou que o Judiciário é naturalmente demandado, muitas vezes por omissão do Legislativo, ou por inércia do Executivo, mas a situação demonstra "disfuncionalidade dos três Poderes".

Relembre:

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