Não há sentido em brecar avanços, diz desembargador sobre teletrabalho
O magistrado pontuou que, à época, "a informatização do processo e a criação do processo eletrônico sofreu muita resistência".
Da Redação
segunda-feira, 28 de novembro de 2022
Atualizado às 10:53
Presente no seminário "Diálogos da Advocacia com o Judiciário", promovido pela AASP e IASP, o desembargador do TRF da 3ª região Carlos Eduardo Delgado teceu considerações acerca do processo judicial eletrônico. Em entrevista à TV Migalhas, o magistrado afirmou que a alteração trouxe muitas vantagens, entre elas "a possibilidade de se fazer um trabalho a distância, onde quer que você esteja".
"Não há sentido em combater avanços que decorrem do desenvolvimento da tecnologia. Acho sim que devemos conter os excessos, mas tentar negar a existência deles ou colocar resistência para que isso aconteça é a mesma coisa que tentar conter um tsunami com a mão na beirada da praia."
Assista ao vídeo:
O desembargador também comentou a importância do presente evento para que advogados tragam experiências pessoais sobre o teletrabalho. "Em princípio parece que há um conflito de interesses, a advocacia tem combatido mais o trabalho à distância. E o Judiciário tem que colocar que ele também não acha que a prestação jurisdicional tem que ser realizada toda a distância", afirmou.
O evento
A AASP - Associação dos Advogados de São Paulo e o IASP - Instituto dos Advogados de São Paulo promovem o seminário "Diálogos da Advocacia com o Judiciário", reunindo entidades representativas da advocacia e representantes do Judiciário em um dia de relevantes debates. A programação propõe uma discussão ampla e transparente, na busca de soluções para diversos problemas atualmente enfrentados tanto por advogados quanto por magistrados, abrangendo os temas urbanidade no exercício dos atos processuais; desafios do trabalho remoto - audiências e julgamentos virtuais; sustentações orais e recursos aos tribunais superiores.