PGR é contra investigar Bolsonaro por interferência na Petrobras
Vice-procuradora-geral da República diz que não há elementos que justifiquem apuração,
Da Redação
sexta-feira, 23 de setembro de 2022
Atualizado às 13:07
A PGR defendeu nesta quinta-feira, 22, o arquivamento de um pedido para investigar se o presidente Jair Bolsonaro interferiu indevidamente na Petrobras.
O pedido de investigação foi formalizado depois que vieram a público mensagens do ex-presidente da estatal, Roberto Castello Branco, em um grupo privado de economistas no WhatsApp. Ele afirma que teria mensagens e áudios que poderiam "incriminar" o presidente em seu antigo celular corporativo. As conversas foram reveladas pelo Metrópoles.
Mas a vice-procuradora-Geral da República Lindôra Araújo disse que "não há mínimo elemento a sustentar a existência de ilícito penal" por parte do presidente. "É conhecida de todos a postura do presidente no sentido de defender a redução de preços dos combustíveis, o que efetivamente ocorreu", afirmou.
A manifestação de Lindôra foi enviada ao gabinete do ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso, para decisão.
- Leia o documento.
O pedido para investigar o presidente partiu do senador Randolfe Rodrigues. A PGR disse que ele tenta "usar politicamente" o sistema de Justiça.
Em depoimento, Castello Branco disse que escreveu a mensagem em uma "discussão acalorada" e que a palavra "incriminar" não deveria ser considerada no sentido literal.
A PGR também ouviu Rubem Novaes, ex-presidente do Banco do Brasil, que teria sido o interlocutor das mensagens. Ele negou que algum crime específico tenha sido imputado a Bolsonaro.
Troca-troca na Petrobras
Em junho, Migalhas abordou a situação da Petrobras que, no governo Bolsonaro, já teve quatro presidentes.
À época, o ministério de Minas e Energia havia divulgado lista de novos nomes para o Conselho de Administração da Petrobras, e nós esclarecemos como o Conselho é formado. Relembre aqui e leia o editorial.