Juíza manda empresário que agrediu modelo em academia voltar ao Brasil

O empresário Thiago Brennand, de 42 anos, que foi flagrado agredindo uma modelo em academia de SP, deve retornar ao Brasil em até 10 dias. Assim determinou a juíza de Direito Erika Soares de Azevedo Mascarenhas, de SP. Ele também deve manter distância mínima de 300 metros da modelo.

O homem foi denunciado pelo Ministério Público de SP no último dia 4, por corrupção de menores e lesão corporal contra mulheres. Na inicial, o promotor pede que ele seja condenado a pagar R$ 100 mil à vítima por danos morais.

Poucas horas antes da apresentação da denúncia contra ele, o homem viajou para Dubai.

Na última sexta-feira, dia 9, a denúncia foi aceita pela Justiça e Thiago virou réu.

Caso

Brennand agrediu fisicamente a modelo Helena Gomes em uma academia. Câmeras de segurança mostraram o momento em que Thiago empurrou, puxou o cabelo e cuspiu na mulher, que se exercitava no local.

Pela decisão, o homem fica impedido de se aproximar das vítimas e testemunhas do processo ou entre em locais desportivos. Thiago também precisa entregar seu passaporte e não poderá sair do país "sem prévia autorização judicial".

Como as agressões ocorreram na presença do filho do empresário, e o menino, que tem menos de 18 anos, também ofendeu a mulher, o promotor considerou a prática de corrupção de menores.

O número do processo não foi divulgado em razão de segredo de Justiça.

Outras acusações

Em outros casos, o homem também é acusado dos crimes de estupro e cárcere privado. Ao menos 15 mulheres teriam afirmado que foram agredidas por ele, física, sexual ou verbalmente, ou ameaçadas. Uma delas diz ter sido obrigada a tatuar as iniciais do empresário. 

Conforme reportagem transmitida no Fantástico deste domingo, 11, na sexta-feira, 9, policiais apreenderam dezenas de acessórios para armas em uma das propriedades do empresário, um condomínio de luxo.

Defesa

A defesa afirma que o empresário tem data de retorno da viagem comprovada; que a retenção de seu passaporte afeta a liberdade de ir e vir; e que as armas devem ser restituídas.