Bandeira de Mello fala de robô gerindo processos e crédito de carbono
O conselheiro do CNJ comentou sobre o avanço da digitalização no judiciário, citando robô que consolida as bases de dados processuais, e sobre a atuação do CNJ no mapeamento de propriedades, essencial para emitir créditos de carbono.
Da Redação
terça-feira, 28 de junho de 2022
Atualizado às 19:02
Em entrevista para a TV Migalhas, durante o X Fórum Jurídico de Lisboa, o conselheiro do CNJ Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho mencionou os avanços tecnológicos no judiciário forçados pela pandemia. "O período da pandemia nos trouxes uma emergência, que era avançar rapidamente no processo de ditalização, e o CNJ tem uma pauta consistente nisso, Justiça 4.0, Juízo 100% digital."
Bandeira de Mello aproveitou para anunciar que o próximo avanço será a implementação do Codex, robô desenvolvido pelo TJRO em parceria com o CNJ, que consolidará as bases de dados processuais. "Permitirá utilizar recursos de planejamento e gestão de processos no Brasil inteiro", afirmou, e completou "sem dúvida pode revolucionar a gestão do poder judiciário".
Confira:
Crédito Verde
Sobre a atuação do CNJ na emissão do crédito verde, remuneração prevista por manter a floresta em pé, o conselheiro definiu:
"O que o CNJ pode e deve colaborar é com o mapeamento da propriedade dessas terras, muitas delas na Amazônia, para permitir a comprovação da cadeia dominial do registro daquela terra o que permitirá a emissão dos créditos de Carbono."
Além disso, falou do problema da sobreposição de registro na Amazônia e da importância do mapeamento e georreferenciamento realizados pelo CNJ para garantir segurança jurídica aos interessados no crédito verde.
Confira:
O evento
De 27 a 29 de junho de 2022 será realizado, em Portugal, o X Fórum Jurídico de Lisboa. Em sua décima edição, o evento tem como mote "Governance da Ordem Jurídica em Transformação". Também estarão em debate temas como liberdades individuais, crise da democracia na geopolítica global, transformações econômicas, meio ambiente, novas tecnologias e desafios do Estado regulador. O objetivo é promover o diálogo entre Brasil e Portugal a partir de uma perspectiva de governança em contínua transformação. O Congresso é realizado pelo IDP, pelo Instituto de Ciências Jurídico-Políticas da Faculdade de Direito de Lisboa e pela FGV.