Magno Malta usa caso fantasioso para espalhar fake news contra Barroso
Em ação sem pé nem cabeça contra Barroso, mulher desconhecida pleiteava indenização de R$ 100 milhões.
Da Redação
segunda-feira, 13 de junho de 2022
Atualizado em 14 de junho de 2022 08:47
O ex-senador e pastor evangélico Magno Malta fez ataques ao STF e ao ministro Luís Roberto Barroso. O político, que é apoiador de Jair Bolsonaro, discursou em um evento do filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, em Campinas, e fez graves acusações - entre elas, disse que o ministro "batia em mulher".
Em verdade, as acusações contra o ministro não passam de "fake news" criada a partir de uma ação fantasiosa e totalmente infundada. Explicamos.
De fato, houve uma queixa contra diversos agentes públicos, inclusive o ministro. É que, como o papel aceita qualquer coisa, uma mulher, advogada, que não tem qualquer relação com o ministro, ingressou com um processo contra Barroso, que à época atuava como procurador do Estado do RJ, e outras seis pessoas, todas ligadas à Justiça: uma procuradora, um desembargador, duas juízas, uma delegada e um inspetor da polícia. Eles foram acusados de quadrilha, calúnia, difamação, injúria, violência psicológica, violência moral contra a mulher, prevaricação e advocacia administrativa.
O que ela queria com a ação era receber indenização, e não era pouca coisa - R$ 100 milhões de Barroso e, dos demais, R$ 10 milhões. Segundo o MP, e poupando adjetivos piores, a petição era "confusa e desconexa".
Ela dizia que era melhor em tudo que o ministro, e que ele teria inveja por ela ter "mais juventude, beleza e inteligencia que ele".
A maluquice foi comprovada pela decisão da ministra Eliana Calmon, do STJ, que arquivou a queixa-crime.
Processo: APn 711
Suspeita de perseguição
Para o Ministério Público, a queixa teve pretensão de criminalizar os envolvidos. A ministra Eliana Calmon também apontou possível perseguição contra Barroso.
Barroso, à época, informou que nunca viu a mulher e que entendia que ela deve ser uma pessoa doente, alguém que precisa de tratamento psiquiátrico.
É como ensina o antigo provérbio português: "Ninguém se livra de pedrada de doido nem de coice de burro".