MP acha R$ 1,2 mi em casa de delegada em operação contra Ronnie Lessa
A operação deflagrada nesta manhã investiga uma rede de jogos de azar explorada pelo contraventor Rogério de Andrade e pelo PM reformado Ronnie Lessa - réu pela morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.
Da Redação
terça-feira, 10 de maio de 2022
Atualizado às 14:26
Na manhã desta terça-feira, 10, o MP/RJ deflagrou a operação Calígula, que investiga uma rede de jogos de azar explorada pelo contraventor Rogério de Andrade e pelo PM reformado Ronnie Lessa - réu pela morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.
Durante a operação, foi encontrado cerca de R$ 1,2 milhão na casa da delegada Adriana Belém, que faria parte da organização criminosa. Além disso, outro delegado, Marcos Cipriano, foi preso.
Operação Calígula
De acordo com informações do MP/RJ, a operação Calígula, deflagrada nesta manhã, é voltada a reprimir as ações da organização criminosa liderada por Rogério Costa de Andrade Silva, contraventor conhecido como Rogério de Andrade, e seu filho Gustavo de Andrade, integrada por dezenas de outros criminosos, incluindo Ronnie Lessa, denunciado como executor do homicídio da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes.
A operação tem como objetivo o cumprimento de 29 mandados de prisão e 119 de busca e apreensão, incluindo quatro bingos comandados pelo grupo, tendo sido alvos de denúncia um total de 30 pessoas, pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Os mandados requeridos pelo MP/RJ foram expedidos pela vara Especializada. O balanço mais recente dos resultados da operação Calígula confirma onze prisões, além da apreensão de oito aparelhos de celular, um notebook, um HD e um pen drive, além de R$ 1,2 milhão na casa da delegada Adriana Belém, alvo de busca e apreensão.
Denúncia
Segundo narram as denúncias oferecidas pelo MP/RJ, Rogério de Andrade e Gustavo de Andrade comandam uma estrutura criminosa organizada, voltada à exploração de jogos de azar não apenas no Rio de Janeiro, mas em diversos outros Estados, que há décadas exerce o domínio de diversas localidades, fundamentando-se em dois pilares: a habitual e permanente corrupção de agentes públicos e o emprego de violência contra concorrentes e desafetos, sendo esta organização criminosa suspeita da prática de inúmeros homicídios.
Ainda segundo os promotores de Justiça, a organização estabeleceu acertos de corrupção estáveis com agentes públicos integrantes de diversas esferas do Estado, principalmente ligados à segurança pública, incluindo tanto agentes da Polícia Civil, quanto da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
Informações: MP/RJ.