Professor fala da tributação de empregado em teletrabalho fora do país
Para Marcos André Vinhas Catão, a modalidade não vai se extinguir com a pandemia, e pode gerar diversas penalidades.
Da Redação
quarta-feira, 4 de maio de 2022
Atualizado em 6 de maio de 2022 06:50
O professor da Universidade Complutense de Madrid Marcos André Vinhas Catão, em entrevista à TV Migalhas, acredita que o teletrabalho não vai se extinguir com o fim da pandemia, pois as pessoas "já provaram o gostinho de, por exemplo, trabalhar para uma empresa brasileira e morar na Europa".
Para ele, não há solução, mas há problemas. Ele destaca a questão da tributação em caso de empregados em teletrabalho atuando fora do país.
"Quando eu trabalho para uma empresa no país eu tenho todos os impostos, contribuição para a previdência e cada vez mais as pessoas vão se mudar. Ao se mudar, a pessoa tem um choque de conceito. O primeiro conceito é que eu devo pagar tributos onde eu sou empregado, mas existe outro conceito no Direito Tributário Internacional que eu devo pagar tributos onde eu resido. Isso é muito difícil resolver."
O Congresso
De 4 a 6 de maio, acontece o I Congresso Internacional de Direito Tributário do IAT, o Instituto de Aplicação do Tributo. O Congresso tem como tema os "Novos Horizontes da Tributação" e reunirá profissionais que atuam com o Direito Tributário em todo o país e no exterior, com o objetivo de trocar experiências e promover o debate entre participantes da iniciativa privada e do Poder Público.
Teletrabalho
O futuro do teletrabalho é tema de evento realizado por Migalhas no próximo dia 10.
Sob a coordenação de Luiz Carlos Amorim Robortella e Antonio Galvão Peres, o seminário vai abordar a regulamentação do teletrabalho, de acordo com as MPs 1.108 e 1.109, editadas pelo governo Federal.
Nomes de peso debatem o contexto jurídico do teletrabalho, o teletrabalho na prática e o novo mundo do teletrabalho.
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