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LGBTQIA+

TozziniFreire colabora com cartilha sobre direitos de trans na escola

Conteúdo está disponível para download gratuito no site do documentário Limiar, realizado por uma mãe que acompanha a transição de gênero de seu filho adolescente.

Da Redação

segunda-feira, 2 de maio de 2022

Atualizado às 14:04

Nos últimos anos, muito mudou em termos de reconhecimento da identidade e dos direitos de pessoas LGBTQIA+. Novas leis, normas e decisões de tribunais passaram a prever direitos e deveres relacionados ao grupo e que muitas vezes ainda não são de conhecimento geral. Um dos campos em que houve grandes avanços é o acesso à educação.

Assim, com o objetivo de apresentar de forma didática e visual essas mudanças, o escritório TozziniFreire Advogados, em parceria com o Instituto Taturana e outras organizações, preparou uma cartilha em que traduz os direitos de jovens LGBTQIA+ para torná-los de mais fácil compreensão às escolas e à sociedade.

TozziniFreire foi responsável por elaborar a cartilha, que apresenta informações altamente relevantes sobre os Direitos Humanos e o papel da educação, uma importante fonte de informação para docentes, pessoas gestoras escolares, estudantes e seus familiares. De forma direta e longe do juridiquês, o material traz orientações e exemplos de boas práticas nas escolas e referencia as bases jurídicas nacionais e internacionais, que garantem o direito de crianças e adolescentes ao ensino.

O conteúdo é claro, direto e rico em detalhes, com um design gráfico de HQ super descolado. A elaboração desse e dos demais materiais de apoio foi organizada por Uma Reis Sorrequia, arte-educadora e mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM-SP).

A cartilha foi construída em linguagem neutra e inclusiva e pode ser acessada no site do filme Limiar, clique aqui.

Números que não podemos desconsiderar

O Brasil detém a triste marca de liderança mundial em assassinato de pessoas trans e travestis. De acordo com os últimos dados publicados pela ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), entre os anos de 2017 e 2020 foram registrados 623 travesticídios e transfeminicídios no Brasil, nos quais, aproximadamente, 80% das vítimas eram negras (pretas e pardas) e 60% tinham entre 15 e 29 anos.

Dados parciais indicam também que os crimes estão acontecendo com vítimas cada vez mais jovens. Das 175 pessoas trans mortas em 2020 no Brasil, oito tinham entre 15 e 18 anos. Em 2021, essa idade mínima abaixou, com a morte de Keron Ravach, de 13 anos.

A origem dos materiais e o filme Limiar

Atualmente a cartilha é distribuída com os materiais de apoio nas exibições do filme Limiar, que compartilha com o público as conversas entre Noah, um adolescente que começa a questionar sua própria identidade de gênero aos 16 anos, e sua mãe, a cineasta Coraci. Escuta e diálogos francos entre avó, mãe e filho marcam o documentário dirigido e fotografado por Coraci Ruiz (diretora do multipremiado Cartas para Angola). Fala-se sobre identidade, relações e padrões de comportamento. Mas é a busca de Noah que conduz a narrativa, provoca reflexões, desestabiliza as mulheres da família em seus papéis até então muito bem definidos e as faz questionar o sentido das alterações no corpo.

O filme teve sua estreia on-line em agosto de 2021, quando foram realizadas sessões com debates; a partir de então, escolas, coletivos, universidades e outros grupos estão participando da campanha organizando suas próprias sessões gratuitas do filme pela plataforma Taturana. O filme está disponível para o agendamento de sessões: basta acessar o site do filme (clique aqui) ou diretamente a Plataforma Taturana (clique aqui).

 

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