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Ministra Rosa Weber arquiva inquérito contra Bolsonaro no caso Covaxin

O novo pedido da PGR se baseou na ausência de elementos que justifiquem o prosseguimento das investigações.

Da Redação

sábado, 23 de abril de 2022

Atualizado às 10:47

A ministra Rosa Weber, do STF, acolheu novo pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, e determinou o arquivamento do Inquérito 4.875, que envolvia investigações sobre a suposta prática de prevaricação pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, no caso da compra da vacina indiana Covaxin.

 (Imagem: Raul Spinassé/Folhapress)

Ministra Rosa Weber defere pedido da PGR e arquiva inquérito contra Bolsonaro no caso Covaxin.(Imagem: Raul Spinassé/Folhapress)

Em 29/3, a ministra havia rejeitado o primeiro pedido de arquivamento, em que o procurador-geral sustentava que a conduta atribuída a Bolsonaro não configuraria crime (atipicidade), pois não estaria entre as atribuições do presidente da República encaminhar a denúncia sobre supostas irregularidades nas negociações relativas à vacina. Na ocasião, a ministra observou que, de acordo com a jurisprudência do STF, os pedidos de arquivamento baseados na atipicidade penal da conduta representariam julgamento antecipado do mérito da controvérsia criminal, cuja atribuição é do Poder Judiciário.

O novo pedido, contudo, acrescentou novos motivos para o arquivamento, entre eles a ausência de justa causa para o prosseguimento da investigação, ou seja, a insuficiência dos elementos informativos disponíveis. E, nesse caso, a jurisprudência do STF considera inviável a recusa do pedido.

A ministra ressaltou que o arquivamento não impede a reabertura das investigações, se, futuramente, surgirem novas provas, nos termos do artigo 18 do CPP.

Veja a decisão.

Informações: STF

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