Acusado de incendiar prédio do Porta dos Fundos tem denúncia alterada
A ação foi redistribuída para uma vara criminal comum que irá verificar se é caso de receber, ou não, a alteração da denúncia que substituiu a acusação de tentativa de homicídio pelo crime de causar incêndio.
Da Redação
sábado, 16 de abril de 2022
Atualizado às 16:26
O MP/RJ alterou denúncia oferecida à Justiça contra o empresário Eduardo Fauzi, acusado de arremessar coquetéis molotov contra a produtora Porta dos Fundos em 2019.
O juiz da 3ª vara Criminal entendeu que a atitude do homem não representou crime doloso contra a vida, motivo pelo qual substituiu a acusação de tentativa de homicídio pelo crime de causar incêndio. Informações, Fausto Macedo, Estadão.
O caso
Eduardo Fauzi foi denunciado pelo MP do Rio em setembro de 2020 por tentativa de homicídio. À época, o parquet entendeu que o empresário teria assumido o risco de matar o funcionário que fazia a segurança do prédio no momento do ataque. O órgão narrou que o vigilante do prédio apenas não morreu, pois conseguiu conter o incêndio a tempo de fugir do local.
Em 2021, o MP ainda denunciou o empresário pelos crimes de terrorismo, o que causou a migração do processo para a justiça Federal. Posteriormente, o TRF da 2ª região devolveu o caso para a justiça estadual por entender que não havia indício do crime.
Em março deste ano, a 3ª vara Criminal do Rio de Janeiro concluiu que o ato não se trata de crime doloso contra a vida, motivo pelo qual retirou o processo do Tribunal do Juri. A ação foi redistribuída para a 35ª vara Criminal do Rio de Janeiro que irá verificar se é caso de receber, ou não, a alteração da denúncia.
O ataque
Segundo investigações, cinco pessoas participaram do ataque à produtora Porta dos Fundos, na véspera de natal de 2019, dias após o grupo de comédia exibir um programa especial natalino, no Netflix. A comédia insinuava que Jesus Cristo teve uma experiência homossexual depois de 40 dias no deserto.
Na ocasião, foram arremessados coquetéis molotov na fachada do prédio no Rio de Janeiro/RJ e, em seguida, o grupo fugiu do local.
Trama
No especial, para enfrentar os desafios como um aluno novato na Escola Municipal Eva & Adão, o personagem deixa para trás o comportamento benevolente e se torna um "bad boy", acreditando então que ninguém suspeitará que ele seja o Messias.
Num dos trechos do teaser, Jesus é questionado, por Lázaro, se ele guardaria uma imagem pornográfica, como o desenho dos pés de uma mulher inscrito num pergaminho. Em outra cena, Jesus vai a um prostíbulo e diz: "Isso não é de Deus". Ao que outra pessoa afirma, apontando para uma das garotas de programa: "Na verdade, aquela mais alta ali é exclusiva de Deus".
- Processo: 0349733-87.2019.8.19.0001