"Gaylileu": Cliente processa Droga Raia por homofobia em cadastro
Nas redes sociais, o cliente contou que um funcionário da rede perguntou a ele: "seu nome é gaylileu mesmo?", com uma risada discreta ao fundo. Ele pede R$ 44 mil de danos morais.
Da Redação
terça-feira, 29 de março de 2022
Atualizado às 19:04
O criador de conteúdo Galileu Nogueira processou a rede de farmácias Droga Raia por ter sido ofendido e humilhado em razão de sua orientação sexual. Na Justiça, ele contou que seu cadastro foi alterado unilateralmente e passou a ser chamado de "Gaylileu" em SMS e nos cupons de desconto. Na última semana, aconteceu uma audiência entre as partes; no entanto, nenhum acordo foi feito.
Nas redes sociais, o criador de conteúdo contou que um funcionário da rede, em tom de constrangimento, perguntou a ele: 'seu nome é gaylileu mesmo?', "com uma risadinha discreta ao fundo". Na Justiça, a peça inicial registra do autor: "chega ser difícil acreditar que, em pleno ano de 2021, uma empresa como a Ré, uma das maiores empresas de saúde do Brasil, possa praticar esse tipo de atitude e de conduta".
O autor até tentou reparar o seu cadastro, indicando sua nomenclatura correta, sem qualquer tipo de piada ou comentário pejorativo; todavia, afirmou que foi ignorado pela farmácia. Pelo episódio, ele pediu a indenização por danos morais em R$ 44 mil e a implementação de um treinamento sobre homofobia para os funcionários da rede, além de uma retratação.
Audiência sem acordo
No Instagram, Galileu Nogueira afirmou que a rede Droga Raia se posicionou dizendo que já tinha treinamentos sobre o tema e ofereceu R$ 5 mil de indenização. O autor não aceitou o acordo e, ainda, acresceu o pedido para que sejam feitos dois treinamentos: um contra a homofobia e outro sobre a importância do respeito ao nome social do consumidor.
Ao final do post, o autor questiona: "e ai, @drogaraiaoficial, como vamos seguir?"
- Processo: 1009881-04.2021.8.26.0016