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"Asqueroso"

Pedofilia? Ministro quer providências contra filme de Danilo Gentili

Ministro da Justiça, Anderson Torres aponta "detalhes asquerosos" em filme de 2017, feito por Danilo Gentili com participação de Fábio Porchat.

Da Redação

segunda-feira, 14 de março de 2022

Atualizado em 16 de março de 2022 11:20

O Ministro da Justiça Anderson Torres disse, em seu Twitter, que tomará providências sobre o filme "Como se tornar o pior aluno da escola", produção de 2017 do humorista Danilo Gentili, com participação do ator Fábio Porchat. O filme foi associado a pedofilia por perfis bolsonaristas. O assunto ficou entre os mais comentados do Twitter neste domingo, 13. (Imagem: Reprodução/Twitter)

Ministro da Justiça fala em providências contra Fábio Porchat e Danilo Gentili por filme.(Imagem: Reprodução/Twitter)

Na plataforma, o filme tem classificação indicativa de 14 anos. Portanto, assista à cena só se tiver mais de 14 anos:

Além de Torres, o secretário especial da Cultura Mário Frias disse estar "fazendo o mesmo" em seu setor. "Isso não pode continuar."

 (Imagem: Reprodução/Twitter)

Mário Frias diz estar tomando providências contra filme de Danilo Gentili na pasta da Cultura.(Imagem: Reprodução/Twitter)

Entenda

Os nomes dos humoristas Danilo Gentili e Fabio Porchat ficaram entre os assuntos mais comentados do Twitter neste domingo, 13, devido a acusações de incentivo à pedofilia pelo filme "Como se Tornar o Pior Aluno da Escola", disponível na Netflix. A plataforma de streaming também foi alvo de críticas.

Em "Como se Tornar o Pior Aluno da Escola", Fabio Porchat interpreta Cristiano, um homem com desvios sexuais e dono do caderno que o ex-colega (papel de Danilo Gentili) roubou na escola para escrever o guia de "pior aluno", encontrado pelos protagonistas, os adolescentes Pedro (Daniel Pimentel) e Bernardo (Bruno Munhoz).

"A gente esquece o que aconteceu e, em troca, vocês batem uma punheta pro tio", diz o personagem na cena, interpretado por Fábio Porchat. 

Embate político

As acusações contra o filme de 2017 teriam vindo à tona a partir de perfis que apoiam o presidente Jair Bolsonaro. A questão gerou embate político entre direita e esquerda.

O filme, nas palavras da deputada Carla Zambelli, "naturaliza a pedofilia a fim de normalizá-la". 

Em 2019, a mesma Carla Zambelli teria apoiado o humorista, quando foi processado pela petista Maria do Rosário. "Bate mais forte no @DaniloGentili, que cresce igual massa de pão, @mariadorosario. Ninguém solta a mão do Danilo!!!" À época, o humorista foi condenado por injúria.

Agora, perfis de esquerda falam em "hipocrisia" por parte dos apoiadores do presidente, porque aplaudiam Gentili quando o humorista apoiava o então candidato à presidência. Criticam, também, a "injustificada" demora de cinco anos para se manifestarem sobre a cena.

É preciso lembrar que estamos num ano eleitoral e, para alguns e algumas, polêmica é voto.

"Falso moralismo"

Ontem, Gentili disse sentir "orgulho" de ter conseguido "desagradar" em um mesmo nível de intensidade tanto os petistas quanto os bolsonaristas, e falou em "falso moralismo".

"O maior orgulho que tenho na minha carreira é que consegui desagradar com a mesma intensidade tanto petista quanto bolsonarista. Os chiliques, o falso moralismo e o patrulhamento vieram fortes contra mim dos dois lados. Nenhum comediante desagradou tanto quanto eu. Sigo rindo."

 (Imagem: Reprodução/Twitter)

Acusações de pedofilia em filme de Danilo Gentili gera embate político.(Imagem: Reprodução/Twitter)

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