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STF: Procuradores de Estado não têm direito a porte de arma

A Corte entendeu que "dentre as categorias excepcionadas da norma que proíbe o porte de arma em todo o território nacional, não estão os Procuradores dos Estados".

Da Redação

domingo, 13 de março de 2022

Atualizado em 23 de março de 2022 14:09

STF entende como inconstitucional norma que prevê porte de arma de fogo, para defesa pessoal, a procuradores de Estado. O plenário, de forma unânime, concluiu que os Estados membros não detêm competência legislativa para regulamentar o porte de arma foi reafirmado pelo Supremo.

 (Imagem: Pexels)

STF declara inconstitucional norma que concede porte de arma a procuradores de Estado. (Imagem: Pexels)

Entenda o caso

O PGR, Augusto Aras, ajuizou, no STF, ação que questiona leis de 11 Estados que tratam da organização de suas Procuradorias-Gerais ou Advocacias-Gerais e instituem, entre as prerrogativas funcionais do procurador de estado, o direito ao porte de arma de fogo.

Segundo Aras, os dispositivos legais afrontam a competência da União para autorizar e fiscalizar o uso de material bélico e para legislar sobre a matéria. Enfatizou, ainda, que no exercício dessa competência legislativa, foi editado o Estatuto do Desarmamento, que previu os ritos de outorga de licença e relacionou os agentes públicos e privados detentores de porte de arma.

"Tal norma não incluiu, nesse rol, a categoria de procuradores do estado."

Ademais, o procurador-geral discorreu que o Estatuto do Desarmamento já trata sobre registro, posse e comercialização de armas e de munição e, em nenhum momento, autorizou os órgãos estaduais de segurança a promover a venda direta de armas para seus integrantes. "Não há espaço para que o estado-membro edite normas paralelas ao Estatuto do Desarmamento", afirmou.

Voto da relatora

Ao analisar o caso, a ministra Carmén Lúcia, relatora, destacou que "dentre as categorias excepcionadas da norma que proíbe o porte de arma em todo o território nacional, não estão os Procuradores dos Estados".

Ademais, a ministra asseverou que os Estados membros não detêm competência legislativa para regulamentar o porte de arma foi reafirmado pelo Supremo.

Nesse sentido, a ministra concluiu como inconstitucional parte da norma que concede porte de arma permanente a procuradores de Estado para defesa pessoal. A Corte, de forma unânime, acompanhou a relatora.

Leia o voto.

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