"Lute como uma mulher": 6ª turma faz homenagem ao Dia das Mulheres

Os ministros da 6ª turma do STJ fizeram homenagem ao Dia da Mulher durante a sessão desta terça-feira, 8. Ministro Sebastião usou como fundo de tela uma imagem com os dizeres: "lute como uma mulher". Ministra Laurita e procuradora Raquel Dodge também se manifestaram.

Violência contra a mulher

Ministra Laurita Vaz, presidente da turma, começou a sessão enfatizando o lamentável aumento de violência contra a mulher que se acentuou durante a pandemia.

"Em tempos de pandemia, em que o isolamento tem sido uma das vertentes de combate à doença, vivenciamos um exponencial aumento da intolerância, da irracionalidade, que tem resultado em inaceitáveis índices de violências psicológicas e físicas contra as mulheres."

Para a ministra, esse lamentável quadro deixa claro que a despeito das inegáveis conquistas das mulheres, ainda estamos longe de um convívio fraterno.

"Essa barbárie precisa ser combatida. No atual estágio da sociedade, não se pode admitir retrocessos. Somos testemunhas vivas de como é salutar uma sociedade livre, pluríma e igualitária."

Laurita parabenizou todas as mulheres e ressaltou ser o momento de luta pela implementação de políticas públicas mais eficientes, como, por exemplo, contra a violência de gênero.

Memória de dores

Raquel Dodge usou a palavra para salientar que é tempo de celebrar avanços, mas também de resgatar a memória das dores, sofrimentos, lutas e enfatizar que a condição da mulher no Brasil e no mundo continuam precária.

"Dados recentemente divulgados no Brasil mostram que uma mulher é estuprada a cada minuto e 10 por hora. É um dado dramático e que não reflete a imagem que fazemos nós de nós mesmos, de que somos um povo cordial, alegre e pacífico."

Ministro Sebastião lamentou a falta de atenção, de cuidado e políticas publicas que saibam valorizar e reconhecer a real importância das mulheres. "Esperar e desejar que dia melhores venham pela frente", disse.

Mulheres da Ucrânia

Ministro Schietti saudou especialmente as mulheres da Ucrânia, que "além de sofrerem com a guerra em si, tem o sofrimento extra de ver maridos e filhos indo para o fronte lutar pela liberdade do povo".