Justiça decreta prisão de acusados do assassinato de Moïse Kabagambe
Três homens foram identificados após o depoimento de testemunhas que presenciaram o espancamento.
Da Redação
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022
Atualizado às 11:51
A Justiça do Rio de Janeiro decretou a prisão de três homens envolvidos no espancamento e na morte do imigrante congolês Moïse Mugenyl Kabagambe. O crime ocorreu no último dia 24, no quiosque Tropicália na Barra da Tijuca. A ordem de prisão foi dada pela juíza do Plantão Judiciário, Isabel Teresa Pinto Coelho Diniz.
A prisão temporária de Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, o "Dezenove"; Brendon Alexander Luz da Silva, o "Totta"; e Fábio Pirineus da Silva, o "Belo", foi pedida pela Polícia Civil ao Ministério Público. Segundo o titular da Delegacia de Homicídios da Capital, Henrique Damasceno, eles responderão por homicídio duplamente qualificado.
De acordo com o TJ/RJ, os acusados foram identificados após o depoimento de testemunhas que presenciaram o espancamento, feito com barras de madeira. Após a violência, a vítima ainda foi amarrada com uma corda por um dos indiciados.
A juíza diz que, de acordo com o exposto apresentado pelo Ministério Público, as investigações policiais apontam a autoria delitiva na direção dos indiciados. No entanto, ressalva ser necessária a realização de diligências para a elucidação dos fatos.
"Contudo, ainda existem diligências e atos investigativos a serem realizados a fim de que os fatos sejam melhor elucidados. A prisão temporária é espécie de medida cautelar que visa assegurar a eficácia das investigações para, posteriormente, possibilitar o fornecimento de justa causa para a instauração de um processo penal. Não se trata de prisão preventiva, obedecendo a hipóteses diversas, sendo uma espécie de prisão cautelar ainda mais restrita."
As imagens do quiosque mostram que três homens participaram da sessão de violência contra Moïse, que foi brutalmente agredido a pauladas, após o início uma aparente discussão. As circunstâncias da briga ainda estão sendo apuradas pela polícia.
- Atenção: o vídeo a seguir contém imagens fortes.
Parentes do congolês sustentam que ele tinha ido ao local cobrar uma dívida. Já os agressores afirmam que ele havia iniciado uma briga dentro do estabelecimento.
- Processo: 0022825-61.2022.8.19.0001
Informações: TJ/RJ e Agência Brasil