Cliente que atirou em advogada levou champanhe para cena do crime

A advogada Nayara Prestes, que foi baleada por um cliente na última quarta-feira, 24, revelou que o homem levou uma garrafa de champanhe para a cena do crime. Em entrevista ao Migalhas, Nayara disse acreditar que a bebida era para comemorar sua morte.

O atirador era Diego Dorado Borgeth Teixeira, que teve a prisão preventiva decretada nesta segunda-feira, 31. Segundo a advogada, Diego era um rapaz de 21 anos que estudava Direito, não tinha amigos e apresentava comportamento por vezes agressivo. Ela também conta que ele lhe solicitava o tempo todo, em uma situação que se tornou abusiva.

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Para ela, o crime foi totalmente planejado. Nayara, que foi alvejada com três tiros e levou um chute que lhe fraturou duas costelas, tem convicção de que, se não tivesse reagido e conseguido desarmar o atirador, estaria morta.

O homem, que é da capital do RJ, foi até Campos dos Goytacazes armado, após o fim do recesso forense, quando sabia que ela já estava atendendo no escritório. Ele teria esperado ela ficar sozinha no local para entrar e efetuar os disparos.

As cenas gravadas pela câmera de segurança são chocantes. Segundo a advogada, a briga teria sido motivada por honorários que o cliente se negava a pagar em um processo de inventário do seu pai.

Champanhe

Segundo a advogada, após a liberação do local pela polícia, uma garrafa de champanhe foi encontrada no escritório. Desconhecendo a origem da bebida, o marido de Nayara, Diego Prestes, reviu as filmagens e notou que a garrafa saiu da mochila do criminoso.

Nayara conta que, quando tomou a arma da mão do cliente, poderia tê-lo matado. Mas ela não quis, e disse que só espera que o criminoso pague pelo que fez. Ela conta que quer voltar a advogar. "Faço Direito para conseguir Justiça".

Segurança reforçada

Nayara disse que está tomando medidas para aumentar a segurança de seu local de trabalho, com o uso de detector de metais. Da mesma forma, acredita que os shoppings deveriam ter o aparelho para garantir a segurança das famílias. Neste sentido, vai buscar a aprovação de uma lei.

Ela também pretende tirar licença para andar armada. "Se tivesse uma arma ali, eu não teria levado tanto tiro."