Twitter de Roberto Jefferson é excluído após ordem de Moraes
Político foi preso nesta manhã por suposta participação em organização criminosa digital.
Da Redação
sexta-feira, 13 de agosto de 2021
Atualizado às 12:49
O Twitter excluiu o perfil do ex-deputado Roberto Jefferson após determinação do ministro Alexandre de Moraes. O político foi preso nesta manhã por suposta participação em organização criminosa digital montada para atacar a democracia.
Segundo a decisão que autorizou a prisão, a PF colacionou publicações no Twitter, ressaltando que Roberto Jefferson já utilizou os perfis @bobjefhd e @BobjeffHD e, atualmente, utilizava o perfil @BobJeffRoadKing, que foi banido.
Na conta, o ex-deputado publicava vídeos e declarações, onde exibia armas, fazia discursos de ódio, homofóbicos e incentivava a violência, além de manifestar-se, frontalmente, contra a democracia e as instituições essenciais à manutenção do regime democrático de direito, entre elas, o STF.
Assim, Moraes determinou o bloqueio das contas em redes sociais, considerando necessário para a interrupção dos discursos criminosos de ódio e contrário às instituições democráticas e às eleições.
Prisão
O pedido de prisão do presidente do PTB partiu da Polícia Federal, que detectou a atuação de Jefferson em uma espécie de milícia digital que tem feito ataques aos ministros do Supremo e às instituições. A investigação faz parte do novo inquérito aberto por ordem de Moraes após o arquivamento do inquérito dos atos antidemocráticos, para apurar uma organização criminosa digital.
A polícia sustenta a costumácia do investigado em "praticar crimes que, por seu modo de agir, pela frequência de execução e repetição dos argumentos incidiriam em tipos penais caracterizados como crimes contra a honra, racismo, homofobia e incitação à prática de crimes, bem como o tipo penal decorrente de integrar organização criminosa". Na hipótese criminal, aponta que Jefferson teria incitado, mais de uma vez, a prática de crimes (invasão ao Senado, agressão a agentes públicos), ofendeu a dignidade de ministros do STF, senadores, e outras acusações.
- Processo: Pet 9.844
Confira a decisão.