Advogado alerta sobre perigos do aumento na exportação de amianto
Segundo o profissional, não adianta proibir a comercialização nacional, mas dar brecha para a exportação.
Da Redação
sábado, 24 de julho de 2021
Atualizado às 08:07
Apesar de proibido desde 2017, após decisão do STF, a exportação do amianto, mineral classificado como cancerígeno e muito usado para fabricação de telhas e caixas d'água, bateu recorde em Goiás. No comparativo com junho do ano passado, as vendas aumentaram em 246,01%. As informações foram divulgadas pela ABREA - Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto.
Para Leonardo Amarante, advogado especializado em responsabilidade civil e assessor jurídico da ABREA, isso é ótimo para a economia, mas péssimo para a saúde dos trabalhadores.
Segundo o profissional, os números positivos mascaram a dura realidade de quem põe a mão na massa.
"Não adianta proibir a comercialização nacional, mas dar brecha para exportação porque quem está exposto na hora da extração são os nossos cidadãos", destaca o advogado.
"Fatais, as doenças do amianto são conhecidas por aparecerem décadas após o contato com o mineral."
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