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Câmara

PEC da Imunidade passará por comissão especial antes do plenário

Após quase três horas de debates na Câmara, não houve acordo para votação em plenário.

Da Redação

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Atualizado às 18:15

O presidente da Câmara, Arthur Lira, decidiu enviar a chamada PEC da Imunidade (PEC 3/21) para análise de uma comissão especial. Após quase três horas de debates nesta sexta-feira, 26, não houve acordo para votação em plenário.

Diante dos apelos de vários parlamentares para mais discussões sobre o texto, Lira determinou a criação do novo colegiado. A indicação dos nomes dos integrantes deverá ser feita pelos líderes partidários até segunda-feira, 1º.

 (Imagem: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

(Imagem: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara lamentou a dificuldade em obter um consenso, apesar de a PEC tratar da regulamentação de um único artigo da Constituição, sobre imunidade parlamentar de congressista. "É preciso ter limites na imunidade", disse.

A PEC, já admitida, promove mudanças na imunidade parlamentar dos deputados e senadores. Entre outras alterações, o texto restringe a prisão em flagrante de integrantes do Congresso Nacional.

A votação estava prevista para quinta-feira, 25, mas foi adiada. Um dos pontos que sofre resistência é a definição de que as condutas relacionadas a opiniões, palavras e votos sejam julgadas exclusivamente pelo Conselho de Ética da respectiva Casa.

A relatora, deputada Margarete Coelho (PP-PI), disse que buscará um acordo. O parecer da relatora foi elogiado por Lira e outros parlamentares. "Mas é preciso mergulhar no texto e torná-lo melhor", ressalvou o deputado Wolney Queiroz (PDT-PE).

A PEC, assinada pelo deputado Celso Sabino (PSDB-PA) e outros 185 parlamentares, proíbe ainda a prisão cautelar por decisão de um único ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), como no caso do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ).

Durante a sessão, Celso Sabino afirmou ter recebido ataques nas redes sociais. "Foram dezenas de milhares, mas acredito na democracia, creio que o debate deve ser de alto nível e não por meio de ameaças, inclusive a familiares", disse.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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