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Coronavírus

Lewandowski dá prazo para governo fixar prioridade em vacinação

Ministro estabeleceu o prazo de cinco dias para que governo divulgue a ordem de preferência entre os grupos prioritários de vacinação.

Da Redação

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Atualizado em 9 de fevereiro de 2021 11:45

O ministro do STF Ricardo Lewandowski determinou que o governo Federal divulgue, no prazo de cinco dias, com base em critérios técnico científicos, a ordem de preferência entre os grupos prioritários de vacinação. O governo deve especificar, com clareza, dentro dos respectivos grupos, a ordem de precedência dos subgrupos nas distintas fases de imunização contra a covid-19.

 (Imagem: Nelson Jr./SCO/STF)

(Imagem: Nelson Jr./SCO/STF)

A Rede Sustentabilidade solicitou ao STF a previsão de organização, com critérios objetivos, dentro do extenso grupo de risco, para que haja uma ordem de preferência entre classes e subclasses e a publicidade dos nomes dos vacinados para que as pessoas "furadoras de fila" possam ser sujeitas à responsabilização.

O partido alertou que "na primeira versão do plano de imunização, parecia haver a organização das populações de risco em fases de vacinação, organizadas de acordo com o grau de risco do coronavírus àquelas populações específicas", ao passo que "na atualização do referido plano, contudo, não há qualquer indicativo de fácil compreensão sobre a operacionalização da vacina em fases".

O relator, ministro Ricardo Lewandowski ressaltou que na 2ª edição do plano estabeleceu-se a população que será imunizada prioritariamente, sem, no entanto, detalhar adequadamente, dentro daquele universo de cerca de setenta e sete milhões de pessoas, qual a ordem de cada grupo de pessoas.

Para Lewandowski, em razão dessa lacuna, não é difícil perceber que o Poder Judiciário passará a ser acionado cada vez mais, ensejando, assim, que sejam proferidas múltiplas decisões judiciais, em diversos Estados, com a determinação de distintas subordens na fila de vacinação do grupo prioritário.

O ministro considera que isso provocará insegurança jurídica "acrescida da ausência de outro meio processual hábil para solucionar a polêmica pendente: observância do princípio da subsidiariedade".

"O perigo decorrente da alegada omissão sobre a discriminação categorizada dos primeiros brasileiros a serem vacinados - uma vez que a quantidade de vacinas disponíveis até o momento em solo nacional é muito inferior ao número das pessoas incluídas como prioritárias -, é evidente, e compromete o dever constitucional da proteção da vida e da saúde."

Assim, determinou que o governo Federal divulgue, no prazo de cinco dias, com base em critérios técnico científicos, a ordem de preferência entre os grupos prioritários, especificando, com clareza, dentro dos respectivos grupos, a ordem de precedência dos subgrupos nas distintas fases de imunização contra a covid-19.

  • Processo: ADPF 754

Veja a decisão.

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