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Ana Paula Valadão será investigada por associar Aids a casais homoafetivos

Ministério Público Federal abriu inquérito contra a pastora por declarações homofóbicas realizadas em um canal de televisão.

Da Redação

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Atualizado às 16:12

O Ministério Público Federal abriu inquérito contra a pastora e cantora gospel Ana Paula Valadão por declarações homofóbicas realizadas em um canal de televisão. A pastora disse que a Aids "está aí" para "mostrar que a união sexual entre dois homens causa uma enfermidade que leva à morte".

O inquérito foi aberto após intervenção da Comissão de Diversidade Sexual da OAB/MG junto ao Ministério Público de Minas Gerais e a Defensoria Pública do Estado.

 (Imagem: Reprodução/Instagram)

(Imagem: Reprodução/Instagram)

Ao dizer que "união sexual com pessoas do mesmo sexo não é normal", a religiosa afirmou que "a Bíblia chama qualquer escolha contrária ao que Deus determinou com ideal, de pecado. E o pecado tem uma consequência que é a morte. Inclusive tudo que é distorcido traz consequência naturalmente".

Neste momento, Ana Paula disse que "está aí a Aids para mostrar que a união sexual entre dois homens causa uma enfermidade que leva à morte e contamina as mulheres, enfim... Não é o ideal de Deus".

O vídeo, que repercutiu nas redes sociais é de 2016, mas, viralizou após repercussão de uma outra fala dita pelo irmão de Ana Paula Valadão, o também pastor, André Valadão, em setembro deste ano. Na ocasião, o dirigente afirmou que homossexuais deveriam frequentar outros lugares, como academias, e não igrejas. 

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O presidente da comissão da OAB Minas, Alexandre Bahia, ressaltou que a decisão de encaminhar a denúncia para âmbito Federal se deu de forma conjunta e pelo alcance nacional do discurso da pastora.

Bahia explicou que, até a data da denúncia, o vídeo ainda permanecia no Youtube, o que pode configurar crime de homofobia. Ele afirmou, ainda, que a decisão do MPF deve gerar precedente legal para outros casos, coibir práticas e falas racistas e incentivar denúncias por parte de vítimas.

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