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Consciência negra

"Nós existimos e estamos trabalhando", afirma juíza sobre aumento de pessoas negras no Judiciário

Ao Migalhas, a magistrada fala do trabalho dos juízes e juízas negros para pautar a questão racial no Judiciário.

Da Redação

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Atualizado às 07:17

Tratar da igualdade racial no Judiciário pressupõe a compreensão de que o Brasil é um país profundamente marcado por desigualdades raciais, "o que parece uma obviedade, mas ainda é negado por alguns". Assim afirma a juíza Federal Adriana Cruz, do RJ.

Ao Migalhas, a magistrada diz que a presença de pessoas negras na magistratura é "rarefeita", o que dá a impressão de que serem inexistentes no Judiciário. "Nós existimos e estamos trabalhando", contesta.

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Ações

A magistrada acredita que os juízes e juízas negros tomam para si a responsabilidade de pautar a questão racial no Judiciário, embora deva ser uma pauta de todos os juízes.

Adriana conta que foi instituído o Fórum Nacional de Juízas e Juízes contra o Racismo e todas as formas de Discriminação e, além do Fórum, os magistrados e magistradas negros se organizaram em um coletivo e organizaram um evento nacional, em 2017, para dialogar com a sociedade sobre o tema.

Ainda no âmbito da magistratura Federal, a Ajufe - Associação dos Juízes Federais do Brasil lançará um podcast intitulado "Podcast Justiça Federal em Debate". A fim de celebrar o mês da Consciência Negra, os cinco primeiros episódios do podcast falarão sobre Racismo no Poder Judiciário, questões raciais e o sistema carcerário, racismo ambiental, racismo e colonialidade, e ações afirmativas.

O primeiro episódio vai ao ar no dia 24 de novembro, com a participação da juíza Adriana Cruz e outros e outras magistrados(as) federais. O conteúdo estará disponível nas plataformas Spotify, Apple Music, Google Podcasts.

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