Advogado participa de sessão virtual em pé e de beca: "não se pode abandonar a liturgia"
Realização de sessões virtuais trouxe à tona uma série de "gafes". Causídico destacou que sessão é virtual, mas atuação tem que ser real.
Da Redação
terça-feira, 11 de agosto de 2020
Atualizado às 11:03
Em razão da pandemia da covid-19, as Cortes de todo o país têm realizado sessões de julgamento em meio virtual. A nova realidade fez saltar aos olhos uma série de situações inusitadas. É o caso do advogado que participou de videoconferência no modo "relax": deitado em uma rede; ou o do causídico paraibano que foi advertido por estar sem gravata.
E os casos não param por aí: já se viu procurador dormindo, desembargador sem camisa, procurador com flatulência, e até um desembargador que disparou: "isso, faz essa carinha de filha da puta".
Mas, em meio às gafes, a atuação de um advogado chamou a atenção em sentido oposto: ao realizar sustentação oral em julgamento da 1ª câmara Criminal do TJ/CE, o cearense Rogerio Feitosa Mota fez uso da palavra usando beca, e em pé.
Para o causídico, "o julgamento pode até ser virtual, mas a atuação deve ser real".
"Mesmo em época de videoconferência, o advogado não pode abandonar a liturgia, necessário colocar a beca e assumir a tribuna."
Veja as imagens:
Relembre gafes
Desde o início da pandemia, quando o Judiciário passou a realizar sessões virtuais com mais frequência, cenas inusitadas passaram a ser frequentes durante os julgamentos. Situação lamentável aconteceu durante sessão virtual de julgamento da 3ª câmara do TRT da 12ª região nesta quarta-feira, 29. O desembargador parece ter se esquecido do microfone e disparou: "isso, faz essa carinha de filha da puta".
No TJ/MT, por exemplo, o procurador Paulo Padro esqueceu o microfone ligado e teve problemas de flatulência.
Em abril deste ano, também por um descuido com os equipamentos eletrônicos, o desembargador Carmo Antônio, do TJ/AP, chamou a atenção ao aparecer em uma sessão em vídeo usando nada mais do que coisa alguma: descamisado.
Nem os ministros do Supremo estão livres de gafes virtuais. O ministro Gilmar Mendes pediu desculpas por soltar um palavrão ao fim de uma live. Após se despedir dos interlocutores, S. Exa. soltou uma "porra" enquanto se retirava, sem saber que a gravação continuava.
Já durante uma sessão do pleno do STF, a netinha de Marco Aurélio apareceu na sala onde o avô proferia seu voto. Ao fundo, é possível ouvi-la dizer: "Vovôôô!".
No TJ/PB, durante sessão da 4ª câmara Cível, o procurador de Justiça José Raimundo roubou a cena pegando no sono ao vivo. Os desembargadores não conseguiram conter a risada diante do longo cochilo do colega.