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Coronavírus

Toffoli mantém restrição a operações policiais em comunidades do RJ durante pandemia

Ministro negou suspender liminar de Fachin e destacou que decisão já está submetida a referendo do plenário.

Da Redação

terça-feira, 21 de julho de 2020

Atualizado às 09:50

O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, negou pedido da União para suspender os efeitos da decisão do ministro Edson Fachin que restringiu a realização de operações policiais nas comunidades do Rio de Janeiro durante a pandemia.

De acordo com Toffoli, a liminar concedida por Fachin na ADPF 635 está submetida a referendo dos demais ministros da Corte em ambiente virtual, em sessão a ser encerrada em 4/8. Assim, é pertinente aguardar a conclusão desse julgamento, evitando-se sobreposição à deliberação do colegiado.

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No pedido de Suspensão de Tutela Provisória (STP) 480, enviada ao presidente do STF, a União argumenta que a proibição "repercute de modo grave no sistema de segurança pública de Estado da Federação e, em consequência, na Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS)".

Ao afirmar seu interesse e sua legitimidade para pedir a suspensão da medida, a União sustentou que cabe ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, como órgão central do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), preservar a ordem pública e a incolumidade das pessoas e do patrimônio, por meio de atuação conjunta, coordenada, sistêmica e integrada dos órgãos de segurança pública e defesa social da União, dos Estados, do DF e dos municípios, em articulação com a sociedade, nos termos da lei 13.675/18.

Casos excepcionais

Ao determinar a suspensão de operações policiais em comunidades do Rio durante a pandemia, o ministro Fachin ressalvou os casos absolutamente excepcionais, que devem ser devidamente justificados por escrito pela autoridade competente e comunicados ao Ministério Público estadual, órgão responsável pelo controle externo da atividade policial.

De acordo com o ministro, nesses casos, deverão ser adotados cuidados para não colocar em risco ainda maior a população, a prestação de serviços públicos sanitários e o desempenho de atividades de ajuda humanitária.

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