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Prêmio

Paulo Guedes lidera disputa por Oscar de frases infelizes

Embora disputa tenha sido acirrada, prêmio ficou com o senhor ministro.

Da Redação

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Atualizado às 14:06

Considerado uma das figuras mais importantes do governo Bolsonaro, o ministro da Economia Paulo Guedes tem colecionado frases infelizes, pra dizer o mínimo.

Depois de pedir desculpas por chamar funcionários públicos de parasitas, Guedes mais uma vez perdeu a chance de ficar calado e disse que, quando o real estava mais valorizado, tinha até empregada doméstica indo para a Disney. Não bastasse o absurdo, completou: "uma festa danada".

Surpreendentemente, os absurdos do chefe da pasta da Economia lhe renderam até prêmio. Embora a disputa tenha sido acirrada, a estatueta ficou com o senhor ministro.

As pérolas não param por aí. Nesta quarta-feira, 12, o ministro da Economia disse que o dólar mais alto "é bom para todo mundo". Afirmou ainda que, quando o real estava valorizado, "todo mundo" estava indo para a Disney.

"Não tem negócio de câmbio a R$ 1,80. Todo mundo indo para a Disneylândia, empregada doméstica indo para Disneylândia, uma festa danada. Pera aí. Vai passear ali em Foz do Iguaçu, vai passear ali no Nordeste, está cheio de praia bonita. Vai para Cachoeiro do Itapemirim."

Nesta quarta-feira, o dólar bateu o quarto recorde consecutivo em relação ao real. A moeda americana encerrou o dia vendida a R$ 4,3505, em alta de 0,55%. Para Guedes, o mix de juros baixos e câmbio alto é bom, porque aumenta as exportações e substitui importações, inclusive no turismo.

No último dia 7, em seminário na Fundação Getúlio Vargas sobre Pacto Federativo, Guedes comparou funcionários públicos a parasitas.

"O funcionalismo teve aumento de 50% acima da inflação, além de ter estabilidade na carreira e aposentadoria generosa. O hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita."

No mesmo dia, disse que sua frase foi tirada de contexto. No dia seguinte, pediu desculpas. "Me expressei muito mal e peço desculpas."

Em 21 de janeiro, em Davos, na Suíça, Guedes afirmou que a produção de alimentos depende de agrotóxicos e defendeu a política ambiental do governo.

"As pessoas destroem o meio ambiente porque precisam comer. Você não tem um meio ambiente limpo porque as soluções não são simples."

Em novembro do ano passado, dias depois de Eduardo Bolsonaro sugerir novo AI-5, Paulo Guedes, em Washington, EUA, criticou protestos convocados pela oposição, citando novamente o ato ditatorial.

"Quando o outro lado ganha, com 10 meses você já chama todo mundo para quebrar a rua? Que responsabilidade é essa? Não se assustem então se alguém pedir o AI-5."

A fala provocou reações do presidente do STF, Dias Toffoli, do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

Também em novembro, Paulo Guedes falou sobre a greve dos trabalhadores da Petrobras, quando sugeriu, então, demitir as pessoas e contratar outras que "queiram trabalhar".

"Todos os sinais melhorando e greve na Petrobras. Só porque melhorou, querem greve? É empresa pública ou privada? É Estado e bolsa. Uma greve importante, demite as pessoas e contrata outras pessoas que queiram trabalhar."

Em setembro do ano passado, o ministro ofendeu a mulher de Macron, presidente da França, dizendo que "é feia mesmo". O ministro repetiu ofensa inicialmente disparada pelo presidente Bolsonaro.

"Macron falou que tão botando fogo na floresta brasileira e o presidente devolveu: 'que a mulher dele é feia, por isso ele tá falando isso'. Tudo bem, é divertido, não tem problema nenhum. É tudo normal e é tudo verdade. Presidente falou mesmo, e é verdade mesmo, a mulher é feia mesmo. Não existe mulher feia, existe mulher observada do ângulo errado."

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