Corregedor do TRT/9ª Região debate com os advogados conveniência das audiências unas
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Da Redação
segunda-feira, 30 de outubro de 2006
Atualizado às 08:25
Audiência pública
Corregedor do TRT/9ª Região debate com os advogados conveniência das audiências unas
Mais de 200 advogados de todo o Estado participaram da audiência pública, realizada na sexta-feira (27/10), na sede da OAB/PR, com o juiz corregedor do TRT/9ª Região, Luiz Eduardo Gunther, para tratar da conveniência das audiências unas. A audiência pública foi solicitada pela OAB/PR, com o objetivo de mostrar o descontentamento dos advogados e os transtornos que têm sido causados por essa modalidade de audiência no âmbito da Justiça do Trabalho.
A palavra foi aberta aos advogados presentes e todos se posicionaram contrários ao procedimento. O conselheiro estadual José Lúcio Glomb manifestou-se em nome da OAB/PR e criticou incisivamente a audiência una, por ferir as garantias constitucionais da ampla defesa e do contraditório. Segundo ele, a Ordem posiciona-se pela igualdade entre as partes, não atendida nas audiências unas. Glomb solicitou a intervenção da Corregedoria para que não mais fossem designadas tais audiências, veementemente repudiadas pelos advogados. O advogado Cláudio Antonio Ribeiro falou em nome da Associação dos Advogados Trabalhistas e também defendeu os posicionamentos adotados pela Ordem.
O juiz corregedor disse que a reivindicação reflete o anseio dos advogados e que ela terá toda a atenção da Corregedoria. Informou que irá estudar as providências que podem ser adotadas para evitar as audiências unas, o que inclui o diálogo entre os juízes para mostrar os aspectos contrários apontados pelos advogados. Ele colocou-se à disposição para continuar tratando do assunto.
A sessão foi aberta pelo presidente da OAB/PR, Manoel Antonio de Oliveira Franco, que transferiu a presidência dos trabalhos para o presidente da Associação dos Advogados Trabalhistas do Paraná, Oderci José Bega. No encerramento, por proposição do advogado Aramis de Souza Silveira, foi votada e aprovada por unanimidade uma carta, denominada Carta de Curitiba, em nome do respeito à Constituição, aos advogados e às partes.
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